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Síndrome Pós-Trombótica: Causas, Cuidados e Tratamentos

Doença chamada síndrome pós-trombótica

Olá, meu nome é Alex, sou cirurgião vascular e atuo na cidade de Maravilha Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Para continuar assistindo este vídeo, gostaria de convidá-lo a se inscrever no meu canal chamado circulação e saúde, e não esqueça de acionar o sininho da notificação, para que toda semana, quando tiver vídeo novo, você seja comunicado.

Hoje vamos falar a respeito de uma doença chamada síndrome pós-trombótica, que nada mais é do que um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem um período após o paciente ter tido uma trombose. Pode ocorrer de seis meses até mesmo dois anos depois que o paciente teve a trombose. Primeiramente, vamos explicar aqui o que é uma trombose venosa profunda. Nada mais é do que a formação de um coágulo de sangue dentro de uma veia profunda em nosso corpo. O mais comum é a ocorrência quase nos membros inferiores.

O grande risco dessa desse trombo lá dentro da circulação é que ele se solte através da nossa circulação, vá até o pulmão, e faça um quadro chamado de tromboembolismo pulmonar. Esse quadro é muito grave, tendo o risco de óbito em 20% dos casos. Então, quando o paciente tem o envolvimento da BET (Trombose venosa profunda), a gente tem uma preocupação muito grande para que ele não evolua para a embolia pulmonar. Essa é a primeira preocupação.

Um segundo motivo é que ele não venha no futuro a ter a chamada síndrome pós-trombótica. Após o período que o paciente terá trombose, ele vai começar a apresentar naquele membro, por exemplo, se tivermos a trombose na perna ou no membro inferior, após um período, ele vai começar a sentir dor crônica nessa perna, inchaço, sensação de peso, formigamento, cãibras, pode ter cãibras noturnas importantes, pode ter prurido, que é uma coceira importante.

O período após ele ter tido a trombose pode começar a ter tudo isso, isso pode tirar muita qualidade de vida dele. Além disso, ele também pode inchar, ficar aquele membro de toda hora, chegar no final do dia, tá inchado, uma pele endurecida, começa a endurecer a pele pelo inchaço, por colite, uma pele mais escura, às vezes, vão surgindo umas varizes naquele local, varizes secundárias ao entupimento das veias profundas. Pode até mesmo ter, nos casos mais graves, até uma ferida como você aperta na perna, o paciente sente dor geralmente na região da panturrilha.

Então, todo esse quadro que se acaba cronicamente se manifestando é chamado de síndrome pós-trombótica. Mas será que todos os pacientes que tiveram uma trombose vão apresentar a síndrome pós-trombótica? Graças a Deus não, não é todos que têm a trombose que vão ter esse quadro. Porém, a gente sabe que cerca de 20% até mesmo 40% dos pacientes que tiveram uma trombose, no futuro, eles vão apresentar a síndrome. Alguns pacientes desses 40% podem ser muito grave, 5 a 10% acaba até mesmo tendo a ferida na perna e realmente tirando muito, muito a qualidade de vida.

Mas será que tem como a gente ver qual é os 40% mais ou menos, para a gente evoluir? Será que qualquer trombose pode evoluir? Então, assim, não é passar vodka geralmente quando ocorre o acometimento das vias mais proximais, aquelas veias lá da barriga que às vezes atingem as veias femorais, que estão ali na região da virilha, quando tem acometimento dessas vias mais proximais, é mais comum que o paciente bata esse tipo de sequela, né. Assim, não importa. E aí, geralmente, o paciente, no momento da trombose, que eu chamo de perna gigante, a perna ficou bem amassada, e isso é sinal que pode, no futuro, evoluir com a síndrome pós-trombótica.

Em contrapartida, quando o paciente tem uma trombose em veias musculares, aquelas veias lá da panturrilha, ou até mesmo na veia poplítea, atrás do joelho, a ocorrência desse tipo de síndrome pós-trombótica é um pouco menos frequente. Também pode ocorrer, mas é um pouco menos frequente.

Diagnóstico

Então, como que eu posso fazer o diagnóstico? Bom, primeiramente, o médico vascular vai fazer o acompanhamento desse paciente pela trombose, vai falar com ele, fazer o exame físico, examinando, buscando todas as essas alterações que eu falei antes, e aí vai lançar mão também do exame de ecodoppler venoso, que aí vai poder fazer o estudo de todas as veias, ver onde foi corretamente a trombose venosa, para nós podermos, aí sim, falar em tratamento.

Tratamento

O tratamento é fácil, não é passar robótica futura. Depende muito da gravidade da síndrome pós-trombótica, mas basicamente, a gente tem que fazer algumas atuações, como uso de meia elástica. Então, tem alguns pacientes que acabam tendo que usar meia elástica. Às vezes, é para sempre, às vezes é bastante, só o uso de meia elástica não adianta, aí então acaba tendo que ter outro tipo de terapia compressiva, que são as compressões e melasmas, seja ela com ataduras, seja ela com alguns dispositivos com velcro.

Mas isso a gente vai falar no outro vídeo sobre esses tipos de compressões. Mas o tratamento da síndrome pós-trombótica é a base de tudo, é com sistemas de compressão elástica ou inelástica. Além disso, todos os exercícios, todas as atividades físicas, que fortaleçam a musculatura do membro, principalmente a musculatura da panturrilha, são extremamente importantes para que a musculatura fortalecida e evite a piora dessa síndrome pós-trombótica.

Também é importante fazer o fortalecimento das articulações, a articulação do tornozelo, que a gente fortalece muito na caminhada e na corrida, é muito importante, também para que a síndrome pós-trombótica não evolua desfavoravelmente. Além disso, controlar o peso. A gente sabe que a obesidade é fator de risco para muitas doenças, e o paciente que é obeso quando tem uma trombose e não pós-trombótica, ela é pior. Então, tem que melhorar o peso, evitar muitas horas sentado ou parado em pé nas mesmas posições também vai ajudar.

É importante levantar a cada uma, duas horas, caminhar dez minutinhos, movimentar a musculatura da panturrilha. Isso também é importante. Além disso, é muito importante uma boa higiene da perna, porque uma boa higiene evita infecções. É importante cuidar dos dedos na hora que vai cortar a unha e ter muito cuidado para não fazer machucados, porque um machucado pode ser que entre um corpo estranho para dentro, né. E por alguma abertura por algum caminho de um corpo, você faz acabando fazendo um processo infeccioso que vai tirar muito a qualidade de vida, como a gente já falou.

E aí infecções de repetição são complicadas. Além disso, uma boa hidratação da pele, passar cremes hidratantes, isso faz parte do conjunto de medidas que a gente pode fazer para cuidar da síndrome pós-trombótica. Se você ficou com alguma dúvida, peço que você escreva nos comentários ou apenas deixe seu like.

Grande abraço!

Fonte: SÍNDROME PÓS-TROMBÓTICA | O QUE É? COMO OCORRE? CUIDADOS E TRATAMENTOS! por Dr Alex Dornelles – Circulação e Saúde