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SAMU: Entrevista com Socorrista sobre Reanimação Cardiopulmonar


Olá pessoal, aqui é Luiz Navarro e eu estou aqui novamente com Marcelo Feliz para falar mais um pouco sobre a RCP – a Reanimação Cardiopulmonar. Gente, sabem Marcelo, que a reanimação cardiopulmonar aumenta consideravelmente a chance de sobrevivência de uma pessoa que sofre uma parada cardiorrespiratória? Agora eu queria que você explicasse para a gente qual é o efeito da RCP no organismo humano.
O indivíduo, quando ele está ali para a gente ter a vitória, o coração e o pulmão deixaram de funcionar, então a RCP vem exatamente para favorecer o seu funcionamento, porém de maneira externa. Quando eu estou em cima do paciente fazendo a manobra de animação, automaticamente promovo o esmagamento do coração e cada vez que eu comprimo, é como se o sangue saísse do coração e nutrisse mais facilmente o sistema nervoso. Então, a gente consegue dentro da expectativa de ritmo e de qualidade de reanimação, manter o cérebro sempre recebendo fluxo sanguíneo, aumentando assim a expectativa de vida do paciente.
Então, em resumo, quando se faz a compressão, o sangue sai do coração e efetivamente vai até o cérebro, evitando assim a tão temida morte cerebral. Certamente lembram que a expectativa nesse cérebro e vai ser de quatro a seis minutos sem oxigênio. Passou de seis minutos, possivelmente, o paciente já está com sequelas. Então, quanto antes iniciar as manobras de reanimação, mais oxigênio eu consigo ofertar para esse cérebro e aumenta a expectativa de vida do doente, diminuindo a chance de ser campeão.
Vamos acelerar! É interessante que é um processo cansativo fazer a RCP, fazer as compressões. Realmente, a gente já fez aqui vários treinamentos, inclusive nós mesmos, fomos submetidos a treinamentos. Mas é interessante que é cansativo fazer com pressão em um paciente. Nós fizemos um boneco, então é bastante cansativo e então a pergunta seguinte: em que momento o socorrista deve parar de fazer as compressões?
Claro que se o paciente, a vítima ali, ela voltar à vida, deve parar de fazer as compressões imediatamente. Porém, em outras ocasiões, por exemplo, devo parar a ação que estou fazendo as compressões há 20 minutos ou há 30 minutos que eu estou fazendo com pressão? Um socorrista deve parar em algum momento e desistir de fazer as compressões?
As compressões a gente tem expectativa que ela seja encerrada somente quando ela tenha chegada da equipe de resgate. Mas, se tratando, por exemplo, de um atendimento em que você está sozinho, você vai observar que seu corpo foi submetido a uma carga de energia muito grande. A partir do momento em que seu corpo está cansado, perceber que suas forças nelas estão diminuídas, não passei no complexo e eficiente, e você vai encerrar as manobras de reanimação.
Mas, que a gente tem do nosso protocolo que o que é benéfico para a parte do paciente, de fato, é com pressão. Então, quanto menos tempo de interrupção, melhor para a vítima. É interessante que você não está sozinho e, se tiver, por exemplo, no metrô, pessoas que não fizeram o curso de primeiros socorros, você pode orientá-las como se faz a manobra de reanimação. Aí, você começa a partir de então fazer o revezamento, o que é benéfico também para o paciente.
Se ele voltar à vida, vocês vão fazer um revezamento e não para até chegar a equipe de resgate. Ela volta à vida. Isso é importante. Ela pode falar em animar um paciente que sente a parada cardiorrespiratória.
Agora, interessante que a gente tem um protocolo também, a utilização do desfibrilador. E para muita gente é um mistério, para que é de fato serve o desfibrilador. Qual é a função dele no organismo? E eu queria que justamente você falasse sobre isso. E, sabendo que em muitos casos, ocorrência não vai ter esse equipamento para usar imediatamente, mas eu queria que você falasse também qual a importância do desfibrilador, literalmente, para que serve.
Desde já, o desfibrilador a gente vai observar que há a condição de utilização dele se faz na fase inicial da parada cardiorrespiratória. É em função básica dele auxiliar exatamente o funcionamento do coração. Uma vez que o indivíduo apresenta parada cardiorrespiratória, dois fatores vão estar intimamente ligados que vai ser a atividade elétrica e também ritmo. Então, o coração, ele não está produzindo a atividade elétrica suficiente para promover contra atividade e automaticamente, a falta de ritmo não faz com que esse sangue seja projetado sistema nervoso.
Então, um desfibrilador, queria fazer, ele vai promover o que se chama de despolarização, mas se a gente fosse comparar, é como se o resgatasse atividade elétrica do coração e ele reiniciasse com a atividade elétrica é favorável. Mas, não adianta só ter essa atividade elétrica, eu também tenho que comprimir, porque uma vez que o coração foi desfibrilado, a atividade elétrica está sendo alimentada naquele instante favorável, eu mantenho as compressões imediatamente após o choque para fazer o que é benéfico não só a atividade elétrica, mas mais também ritmo. Quando consigo associar boa atividade elétrica e bom ritmo, o indivíduo ele vai voltar.
Interessante! Então, literalmente, o desfibrilador permite uma atividade elétrica do coração favorável a reanimação. A compressão, ela vai dar ritmo ao coração. É um conjunto perfeito. E por isso, é importante. Agora, caso não tenha o desfibrilador, a recomendação é de que o socorrista faça as compressões até a chegada da equipe de resgate e entrega a equipe de resgate. É aí que a gente tem a nossa rotina diária. Nós esperamos chegar e, se não tem ninguém fazendo as malas, a realização, parceiro, mais uma vez, eu te agradeço. O mais interessante de tudo aqui, né, as pessoas que estão assistindo, são a capacidade de fazer esses primeiros procedimentos e com certeza, salvar muitas vidas.
Então, continue conosco e tenha um ótimo treinamento.
Fonte: Entrevista – Socorrista do SAMU – Reanimação Cardiopulmonar por Engehall Elétrica

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