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Riscos dos remédios para dormir: saiba por que podem ser perigosos

Remédios para dormir podem se tornar vilões

Remédios para dormir parecem uma solução milagrosa para quem tem dificuldade de descansar mas podem se tornar vilões se consumidos de forma errada. Além da dependência química, afetam a concentração e a memória. Segundo estudo, se tornam piores que drogas como cocaína e heroína. Veja o que fazer na reportagem da Samara Bastos.

O problema da insônia

Toda noite é o mesmo drama. “Eu não lembro de mim se eu ficar um dia sem tomar. Se eu tenho um comprimido na caixa eu já fico desesperada”, relata uma entrevistada. A insônia dela começou há quatro anos e isso a prejudicou no trabalho. “Aí eu comecei a ficar nervosa, tremendo. Aí eu fui fazer terapia e passava as madrugadas lendo ou em frente à televisão. Aí a terapeuta me indicou procurar um psiquiatra, alguma coisa assim. De repente você precisa tomar alguma coisa para se acalmar”, conta. O médico receitou remédio para dormir e ela passou por outros remédios. Agora, com esse, faz cinco anos.

Benzodiazepínicos

Todos esses medicamentos têm na fórmula uma substância conhecida como benzodiazepínicos. “São substâncias que são atuantes numa área do cérebro que modificam aquelas substâncias que transmitem as informações do cérebro, facilitando algumas situações como a de unir a sociedade, induzir o sono ou ajudar a controlar a crise de epilepsia”, explica um especialista. Cerca de 15 milhões de brasileiros tomam remédios para dormir.

O perigo do uso indiscriminado

O que preocupa muitos especialistas é que uma pesquisa feita no Canadá revelou que o uso indiscriminado da benzodiazepina é mais perigoso do que usar drogas como a cocaína e a heroína. “O uso crônico de benzodiazepínicos é muito danoso, causa dependência química. A mesma pessoa, digamos assim, que toma todas as noites, não consegue se quem. Inicia um processo de sons. Uma medicação”, alerta o especialista. De acordo com estudo, o risco de morte é quase duas vezes maior do que quando se usa drogas ilegais. Está diretamente relacionado ao abuso da droga novos acidentes automobilísticos ou perda de concentração pode estar relacionado à perda de memória.

Alternativas para dormir bem

A orientação do médico é usar medicação para dormir apenas em casos extremos. Há outras possibilidades para ativar o sono, como mudança de hábitos de vida e fazer uso de uma medicação adequada para fazer a transição de uma dependência química. “Produz medicamentos que possam depois gradativamente retirados, junto com uma boa terapia”, indica um especialista.

Exemplo de superação

Durante 11 anos, Márcia só dormia com medicação. Há cinco meses, ela parou e procurou ajuda de uma terapeuta ocupacional para aprender técnicas de relaxamento. “É terapia ou conquistar o profissional. Ela me explicou: ‘Você tem que aprender a respirar melhor, dar um tempo para pra você sentar para comer'”, relata. O sono virou um ritual. Minutos antes de dormir, a dona de casa começa a relaxar. Ela usa as técnicas que aprendeu para respirar melhor. “Quando eu acabo, já estou totalmente relaxada, já estou com meus pensamentos focados no sono e acabo dormindo totalmente relaxada”, conta. Além das técnicas, Márcia passou a tomar chás calmantes depois das seis horas da tarde. Ela alterna entre o chá da folha de maracujá, melissa, chá de erva cidreira e camomila. “Dá uma relaxada. Assim até o fato de você sentar, tomar um chá pra você, já te ajuda, te dá uma baixada de ansiedade”, diz. Mas ainda não consegue ter uma noite inteira de sono, mas está tranquila em saber que não corre mais os riscos causados pelos remédios para dormir. “Mesmo dormindo bem, eu acredito que sim, os 80% já tá legal pra mim de sono. Pelo que eu sinto durante o dia, eu não tenho aquela fraqueza, tonturas e acordo já percebo que eu sou melhor”, afirma.

  • Dependência química
  • Perda de concentração
  • Perda de memória

Fonte
Remédios para dormir podem ser mais perigosos que drogas por Hoje em Dia