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Resumo: Saiba tudo sobre a Vancomicina, um antibiótico importante.

Hoje vamos falar sobre os principais pontos da vancomicina.

Esse é um vídeo resumo, para mais informações acesse o vídeo completo, o link vai estar aqui na descrição.

A vancomicina é um antibiótico da classe dos glicopeptídeos e seu mecanismo de ação é a inibição da síntese da parede celular das bactérias. A parede das bactérias é composta por peptidioglicano, que é formado pela união dos aminoácidos não enag pela enzima transglicosilase. O processo é chamado de transglicosilação. A vancomicina se liga a porção terminal desses tijolos ao sítio de ação e ao mesmo tempo que ela faz isso, ela é uma molécula tão grande que também impede a entrada da transglicosilase, impedindo assim a transglicosilação. Dessa forma, as paredes não vão ter o cimento que elas precisam e a parede vai ficar sem cimento entre os tijolos aparentes. O poro precisa ter, e ela vai ficar cheia de foras a água. Então, vai começar a entrar dentro da bactéria pela diferença de concentração dos meios. Uma vez que o meio extracelular é menos concentrado do que o meio intracelular, como resultado disso, a bactéria vai aumentando seu volume até o momento em que ela vai se romper por não aguentar mais um aumento de pressão e volume dentro do meio intracelular.

Uma vez que a parede celular não se encontra mais íntegra para manter a bactéria em sua forma original, o rompimento da bactéria resulta na morte da mesma, o que faz com que a vancomicina seja um antibiótico bactericida.

Algumas bactérias possuem resistência por mutações que fazem com que haja uma substituição do D-Ala D-Ala por um D-Ala D-Lac, o que impede que a vancomicina se ligue ao seu sítio de ação, conferindo assim uma resistência a esse antibiótico.

Como a vancomicina age sobre a parede celular em bactérias, com o nome com o plasma que não tem parede celular, vão ser naturalmente resistentes a esse antibiótico. Além disso, pela sua estrutura polar, a vancomicina não consegue ultrapassar a membrana externa das bactérias gram-negativas, o que faz com que o espectro de vancomicina fique restrito às bactérias gram-positivas.

Dentro desse grupo das bactérias gram-positivas estão estafilococos resistente à meticilina (MRSA) e o Clostridium difficile, o causador da colite pseudomembranosa. Por ser polar, sua via de administração fica restrita basicamente a via endovenosa, uma vez que ela não consegue ultrapassar membranas. Único uso via oral de vancomicina é para tratar a colite pseudomembranosa, uma vez que o Clostridium difficile fica alojado no trato gastrintestinal.

Sobre a farmacologia de vancomicina, por ela ser uma estrutura polar, ela vai se dissolver em água e vai ser excretada juntamente com a urina via renal.

Sobre os efeitos colaterais, vancomicina é uma droga que é nefrotóxica porque nas células do túbulo contorcido proximal ela ativa a caspase três, que é responsável por combinar na apoptose dessas células. Além desse efeito colateral, pelo seu pH ácido, a vancomicina pode levar um processo de irritação e de inflamação do vaso em que ela foi administrada, causando autônomos. Sabe-se que a vancomicina é responsável também por induzir a formação de anticorpos contra as proteínas de superfície das plaquetas GP2b3ae. Esses anticorpos vão ser responsáveis por fazer com que os macrófagos destruam as plaquetas, levando ao quadro de plaquetopenia. E, por fim, a vancomicina também é conhecida por causar a síndrome do homem vermelho. Ela induz os mastócitos a liberar em grânulos de histamina, que são responsáveis por fazer uma vasodilatação sistêmica, levando a pele e adquirir a coloração avermelhada, características dessa síndrome do homem vermelho.

Então, chegamos ao fim desse vídeo. Espero que tenham gostado. Questionem tudo! Um grande abraço e até a próxima!

Fonte: Antibióticos – Resumo: Vancomicina por Synapses Brasil