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Origem e evolução das variantes do coronavírus: entenda.

Esta imagem explica um pouco como acontece. Nós temos que entender que o vírus forma variantes faz parte do seu curso natural de evolução, algo esperado. Existe uma taxa com que essas variantes acabou surgindo pela própria taxa de que as mutações acontecem.

Vou explicar do começo. Essas variantes surgem cada vez que o vírus infecta uma célula nova, o hospedeiro novo. Só que a gente tem um exemplo de um vírus infectando uma célula nova de uma pessoa diferente aqui. Então a gente tem o vírus. Ele entra na célula e logo que ele entra na célula, ele começa um processo de usar todas as maquinarias da célula para fazer cópias dele mesmo. Para isso, ele faz cópias do seu material genético e forma proteínas e todas as moléculas importantes para formar novos vizinhos, que alguém chama de vírus.

Aqui a gente tem a cópia do material genético, que a chamada de replicação viral por uma enzima que ela tem. Uma certa caixa de erro está ali, ela consegue corrigir uma parte e vai mandar alguns erros ficam passando adiante. Como se estivesse escrevendo várias vezes as mesmas palavras, chega um ponto que daqui a pouco a gente troca uma letra, escreve alguma coisinha errado. Isso seria um entendimento mais ou menos de mutações. Então, quando ocorre esse erro de leitura, nesse caso essas mutações, no geral, são aleatórias.

Elas podem acontecer em qualquer parte do material genético. Uma maior parte delas passa desapercebida por nós. Uma parte delas pode conferir alguma coisa para o vírus e, dentro desse contexto, pode ser bom ou ruim porque é aleatória. E uma partezinha dessas é que pode conferir algumas vantagens, alguma adaptação para o vírus, o que pode ser importante para nós e essas que a gente busca observar na dinâmica da vigilância. Então, vamos supor que essa mutação vai conferir uma mudança na proteína Spike que pode ser vantajoso para o vírus, que alguém está vendo. A gente tem uma Spike verde agora. Tem Wi-Fi aí sozinha, demonstrando que essa mutação levou uma alteração.

Nesse caso, quando eu formar essas novas partículas, elas vão pegar esse conjunto de mutações e, quando o vírus for infectar novas células em novas pessoas, esse processo continua. Então, como eu falei, sendo isso uma coisa esperada, a questão é cada vez que o vírus incerta mais pessoas e nas células, consequentemente, esse processo é acelerado. Ou seja, se eu tinha uma frequência de mutações e variantes X, se o vírus começa a se transmitir muito mais rápido, ela vai ficar muito maior e o risco de eu ter daqui a pouco uma variante que pode ter algumas mutações importantes, e que pode gerar uma preocupação para nós, cresce também.

Por isso que a gente sempre fala para combater as variantes, a gente tem que aderir as medidas de enfrentamento junto da vacinação. Porque a gente possa medidas de enfrentamento para controlar a transmissão do vírus não acelerando esse processo e a vacinação, obviamente, vai proteger as pessoas, que também vão empatar nessa transmissão. À medida que mais pessoas vão sendo vacinadas.

Fonte: Entenda como surgem novas variantes do coronavírus por Estadão