Pular para o conteúdo

Novos medicamentos e máquina de medição de dor para enxaqueca


O jornal da Record começa hoje uma série especial sobre dor. A enxaqueca está entre as dores mais comuns, uma a cada cinco brasileiros sofre desse mal. Você vai ver as novidades no tratamento e vai conhecer a máquina desenvolvida para responder à pergunta: qual é a intensidade da sua dor?
Os números falam por si, de cada dez brasileiros que procuram um médico, oito se queixam de dor. Temos dois tipos de dor: a dor aguda e a dor crônica. A dor aguda é positiva e útil, ela avisa que algo se sentiu, por exemplo, uma dor no peito. Agora, se a dor persiste, ela pode ser um indicativo de uma doença. Imagine o que é ter sossego apenas quando está dormindo e de manhã cedo começar tudo de novo. É um horror!
Bruna sofre de enxaqueca, a doença neurológica mais comum no Brasil. Ela nasce no cérebro, tem um componente genético e atinge cerca de 30 milhões de pessoas, principalmente mulheres dos 25 aos 45 anos. Esse cérebro é sensível aos estímulos do ambiente e às mudanças do próprio corpo. Como todo órgão do organismo, ele avisa quando algo está errado, por exemplo, quando estamos estressados. É nesse momento em que o cérebro inflama os novos trigêmeos e provoca a dor de cabeça.
Para quem tem enxaqueca, trabalhar em casa é uma mão na roda, pois assim é possível controlar o ambiente. Às vezes, a luz forte, o cheiro ou o barulho são gatilhos importantes que prejudicam a qualidade de vida das pessoas que têm essa doença. Hoje, Bruna tem esse controle e trabalha das 8h às 18h, tendo o computador, os livros de pesquisa e um diário da dor sempre à mão.
Pacientes americanos estão usando há três meses um novo medicamento, o primeiro desenvolvido especialmente para combater a enxaqueca. Até agora, o que se usava eram remédios para tratar outras doenças, como epilepsia e depressão, que tinham como efeito colateral a diminuição da dor de cabeça, mas traziam uma série de efeitos adversos. A substância inovadora se chama Erenumab e é um bloqueador da molécula que provoca a dor. O tratamento é feito em oito sessões e está sendo bastante usado. Cada dose custa, em média, dois mil e duzentos reais. Quem tem usado esse medicamento por aqui garante que vale a pena, pois além de acabar com uma dor insuportável em poucas horas, ele ainda previne que novas crises aconteçam.
Outra grande novidade acaba de surgir em um parque tecnológico em Santa Catarina. É um aparelho capaz de identificar, avaliar e quantificar a dor do paciente e com tecnologia quase 100% brasileira. A equipe passou os últimos 12 anos trabalhando no aparelho. Um software transforma as informações em imagem, e manchas escuras mostram onde a dor se concentra. A máquina pode ser usada como mais uma ferramenta na avaliação e tratamento da dor.
No próximo capítulo, o mito de que criança não sente dor e a importância de levar a sério as queixas dos filhos. Se a criança fala que tem dor, a primeira coisa é acreditar nela.
Fonte: Conheça os novos medicamentos contra enxaqueca e a máquina que mede a dor por Jornal da Record