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Mulher apresenta alto nível de alumínio no corpo – Jornal São Domingos (15/07/17)


A mulher moradora de Goianira possui alumínio em oitenta por cento do corpo, sofrendo com dores e risco de amputação das pernas e pés. Descobrir a doença foi difícil e o tratamento é caro, não sendo custeado pelo SUS. Fazer algo simples como levantar do sofá e ir até a cozinha para tomar água é um desafio para Dona Maria Divina de Oliveira, de 46 anos. As passadas são lentas, mas o esforço já é suficiente para deixá-la sem ar e desesperada.
Dona Maria Divina começou a sentir dores pelo corpo, falta de ar e dores de cabeça há cerca de seis anos. Ao longo desse tempo, ela passou mal várias vezes e toda vez que ia para um pronto-socorro era tratada como se tivesse tendo um infarto. Nos últimos meses, situações simples do dia a dia em casa começaram a ficar bem mais difíceis: “Coisa do dia a dia que eu já não consigo mais fazer. O que é um alto fazendo, o comecinho vou lá, faço alguma coisa, roscinho, volto, deito, torno de novo lá, faço um feijãozinho, volto e deita e vou fazer nossa prestação”.
O diagnóstico só veio depois que ela fez um exame caro e de nome difícil, o eletrosomatograma. Através dele, foi possível identificar que oitenta por cento do corpo de Dona Maria Divina está contaminado por alumínio, provavelmente pelos anos em que ela trabalhou em plantações de tomate, alho e outros vegetais e tinha contato direto com herbicidas. Nos exames, a parte azul-escuro indica altos níveis de contaminação e a vermelha são as áreas do organismo que já estão em estado crítico.
Segundo o médico que a atendeu, o alumínio impede a circulação do oxigênio pelo corpo e as imagens mostram que os pés e os joelhos de Dona Maria Divina já estão bem afetados, a ponto de ela correr o risco de ter os membros amputados. Os exames mostram que há áreas bastante contaminadas no cérebro dela, o que explica as dores de cabeça, a falta de ar e a falta de força até mesmo para ficar em pé por muito tempo.
É uma doença rara que pouca gente entende: “Eu preciso fazer tratamento para tirar o alumínio que tá no meu corpo para voltar a circular o sangue normal né. E tem uma vida normal. Se eu não tratar, eu tenho vinte por cento de chance de ter um câncer no corpo inteiro”. O SUS não oferece tratamento para a doença e pela rede particular, só há uma clínica em Goiânia que tem o aparelho utilizado para fazer a descontaminação, mas o custo está totalmente fora das condições da família, que já se endividou para comprar os remédios e fazer os exames.
Dona Maria Divina tem feito campanha entre os amigos pelo WhatsApp para arrecadar o dinheiro que precisa para o tratamento dela, que é em torno de 28 mil reais, fora outros custos, como remédios manipulados: “A gente já gastou 2240 reais, né? E fora outros custos né que também teve, R$ 800 e remédios manipulados. Ela tá fazendo campanha entre os amigos pelo WhatsApp para arrecadar o dinheiro que precisa para o tratamento dela, que é em torno de 28 mil reais, fora outros custos, como remédios manipulados”.
A possibilidade de intoxicação por alumínio existe, mas é muito rara e exige diversos exames para que o diagnóstico seja firmado. Um diagnóstico de certeza pode ser feito com dosagem no sangue da quantidade de alumínio e também a biópsia óssea.
Doações em dinheiro para ajudar Dona Maria Divina a pagar o tratamento devem ser feitas através do Banco Bradesco, agência 224-1, conta poupança: 5181-4, em nome do neto dela, Heitor Mello Casanova. Os telefones de contato são: (98) 3388-4 de Josilene Melo de Oliveira e o (99) 4965-65 de Dona Maria Divina. O endereço dela é Avenida F Quadra 14.20 B, no setor Padre Pelágio em Goiânia.
Fonte: JSD (15/07/17) – Mulher tem 80% de alumínio no corpo por TV Serra Dourada SBT