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Leucemia Infantil

Então, qualquer tipo de câncer é uma doença para o fim. A gente não tem muita noção, essa falta de conhecimento nos deixou muito vulnerável a qualquer coisa que falava.

Claro, é minha prima e a melhor amiga também. Eu sou irmão. Não fala que quando a menina sem culpar não grude comigo, não é diferente. Ela adora maquiagem, é super vaidosa, quer ser bailarina, escolheu esse modelo. Foi muito de repente. Acordou, o trabalho em casa, ela chegou lá, o pai: “Tô com dor no peito.” E levado a um hospital em Guarulhos. A gente daria menos para Guarulhos, onde semanalmente o médico para um financiamento, sangue nela, e nesse ambiente detectou paquetá baixo. E no dia seguinte, no horário de visita, a Clara começou a passar mal.

Assim começou: “Tenho uma dificuldade de respirar”. A médica plantonista voltou e falou que estava com ele no carro com a esposa e que fosse ontem uma vaga no Sabará. A médica falou assim: “É levá-lo.” E aí a médica com o exame falou: “Mãe, é Clara, tem leucemia.” Pegou uma folha, fez um desenho de como funcionaria todo o processo. E naquele momento, perguntei pra médica: “Então quer dizer que tem 80% de chance dela ter leucemia?” A mãe virou e falou: “Você não entendeu, ela já está com leucemia.”

Eu pensava mais em clarear como eu contaria para ela que ela tinha do que exatamente a própria doença. E olha, você tem uma doença que se chama leucemia. Leucemia? Que que é isso? Leucemia é um tipo de câncer no sangue. “Câncer?” “Mãe.” Falei “Câncer?” Mas câncer é só uma palavra feia, porque 90% dos casos resolve. Só palavra que foi, a gente vai tirar isso de letra, mas quando falei do cabelo, ficou: “Vai cair, como eu vou fazer pra ir pra escola?” Eu fui lá, mas é isso. Logo, logo, vai crescer. E ela ficou “quando cair, você compra uma peruca”, que estava lá com a minha surpresa. Oferece a ela uma implicância, mas aí é isso: o câncer que ela tem a chance de cura é muito alta, de 90%. O recurso é, se é, ela vai ficar boa, ficar ótima.

Na hora fiquei, então, me assustei, mas eu não falei nada. Chegando em casa, comecei a chorar porque é um entende muito bem. Que eu tinha os seus olhos, bobeira, alguma coisa não conseguiu. Mais de emoção com a cabeça a ele fosse. Pai, já se falou que tem 90% de chances, mas aos 10 por cento? Eu não sabia que nada de lá seyne, quando falaram que era um tipo de câncer era até fiquei muito preocupada porque eu sabia de leucemia que as pessoas passavam muito mal. Que as pessoas que tinham diagnóstico tinha um tempo de vida já estava pré-determinado a chegar a um fim não muito bom, que as pessoas ficavam careca, sofriam, vomitavam demais, tinham muito efeito colateral com a quimioterapia, radioterapia.

Eu senti que eu queria muito visitá-la, queria saber como ela tava mesmo cara. Que eu faço pra mim, ela vem um presente pra ela. A gente conversou. A gente bem como eu falei: muito pouco sobre a doença. Eu fiquei com medo de tocar nesse assunto com um recomeço assim. No entanto, a chorar, ao conseguir fazer nada sem aquele negócio. Todo mundo sabe que a leucemia, né, mas você sabe. Superficial pra é minha melhor amiga. Minha pina é uma pessoa muito querida pra mim. Foi difícil aceitar isso, mas única coisa que a gente podia torcer para ela sair dessa. Lei, Clara, eu sei que você deve estar passando por uma interface, vai ser infinita de vista.

Eu descobri que nós somos muito fortes mesmo. Conte com sua mãe e seu pai. Eles o(a) têm. Qualquer dúvida, pergunte a eles. Você tem coragem. Às vezes tem momentos que você pode se sentir frágil. Nesse momento, todos juntos com sua família. Que pensa que você vai voltar. Ter sua família e amigos por perto. Não desiste.

ela me ensinou que tem vários problemas, um mas alguns são bem pequenos. Você não tem que ligar nos momentos que mais dificulta na sua vida. Você tem que sempre estar batalhando, sempre atentando. Sobe, você tem que acordar pensando no que “eu vou melhorar hoje.” E a gente tem que ser forte, apesar das situações que não podemos exigir dos nossos sonhos. Que não importa é a porta aqui do hotel, ver gente. Tem que levantar.

Deus nos deu o presente e cada dia eu descobri esse presente. Uma mulher que não sabia onde estava. Estava escondida em um filho maravilhoso, muito humano, muito próximo, muito nosso. O marido espetacular que sempre esteve muito juntos e uma filha que ela veio nesse mundo pra fazer nossa família. Finaliza.

Foi isso que ela fez, disse Titi com outra Clara: assim, forte, gigante, rastreadora. As provas de longa distância não é nada no mar e tal né?

Todas essas coisas que fazem você é muito mais forte do que o pai. Você tem uma força que que que a gente não sabe, aquele momento falando do câncer na cela, estava e ela preocupada com o cabelo. Falei: “Filha, colocar uma meta então pra gente fazer doação de sangue.” Então, olha, você tem que trazer 16 doadores se a gente colocar sem que você achou. Tem gente gritando ônibus pra vir doar sangue pra Clara, chegou até o momento que é o nome do banco de sangue, falou só as doações da atuará estava abastecendo, sabor a inteira.

No segundo dia que ela tirou o tubo, a enfermeira falou: “Vamos dar banho nela.” Vai dar pra dar banho nela, lei de me dar uma olhada aqui, não dá pra pintar o cabelo dela. Fui: “Cláudia, vamos lavar primeiro.” E venceu e caiu bastante, mas ela começou a dar água, começou a cair muito cabelo. Aí ela mesma, Clara mesmo, já falou: “Senão chamar o rapaz para curta?” Eu fiquei ajoelhada na frente dela, segurando a mãozinha dela, e ele começou a cortar e tirar os cabelos dela. Olhou, fez assim pra tirar o espelho, mas não esboçou nada, nem tristeza em alegria. Não chorou. É uma doença que ela tem um peso muito mais na palavra “câncer”, “leucemia”, peso muito forte, mas que tem um super tratamento hoje.

Os tratamentos são muito diferentes do que os tratamentos que nós tínhamos antigamente. Não tenham medo de dizer “Eu te amo”. Não tenha medo de abraçar. Não tenha medo, Aythami mando demais. Meu filho, não tenho. Amanhã tem hoje, então faça hoje. Durma junto, tomar banho junto comigo junto. Valoriza os pequenos momentos. Isso pra mim é mais importante.

Fonte: Leucemia Infantil | Sentido Da Doença | Clara por Saúde da Infância