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Hospital Regional de Barbacena realiza Plasmaferese para tratar febre amarela


Em Barbacena, o Hospital Regional começou um procedimento que pode ser muito importante na luta contra a febre amarela. Pacientes que estão evoluindo para um quadro grave da doença estão passando pela chamada plasmaferese. Depois de Belo Horizonte, Barbacena é a primeira cidade do interior de Minas a realizar esse trabalho.
Nós estamos dentro do CPI do Hospital Regional de Barbacena, e estamos aqui com o doutor José Pazelli Tecnologia. Ele vai explicar para a gente como funciona esse processo que está sendo realizado no paciente diagnosticado no estágio mais avançado de febre amarela, que é a plasmaferese.
A plasmaferese é a substituição literalmente da parte de toda a parte líquida do sangue do paciente. O sangue é composto de uma parte sólida que são as hemácias, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos. Nessa máquina, nesse filtro, toda a parte líquida do sangue, ou seja, todo o plasma, é retirado. Quando o sangue passa por aqui, o sangue vem do paciente através de um cateter, através de um tubo que está inserido em uma veia. Esse sangue então, chegando nesse filtro, se nada mais é do que um filtro, o plasma, parte líquida, é retirada e vem para essa bolsa que estamos vendo aqui.
Paralelamente, simultaneamente, ao mesmo tempo, plasma de um paciente de doadores, pacientes que são doadores de sangue, é retirada parte líquida do sangue que é o plasma, que está sendo difundido no paciente, ou seja, no final de algum tempo, que varia com o peso do paciente, para duas a três horas, toda a parte, todo o plasma do paciente é retirado, e infundindo um novo plasma.
A plasmaferese e o transplante hepático são medidas que a gente faz em situações extremas, naqueles pacientes em que realmente eles não melhoram a função hepática depois de algum tempo. Então, a ideia da plasmaferese é você retirar todos aqueles compostos que serão retidos pela essência prática como eles ficam retidos no plasma do paciente. Você retira esse plasma e coloca um plasma novo. Com isso, você dá um tempo. A gente permite um tempo para que um filho da pessoa, quando isso não acontece, a única saída é o transplante hepático.
No caso de tentativa de cura contra a febre amarela, exatamente ontem, a tentativa de tratamento dessa doença nas suas formas extremamente graves é a plasmaferese. Então, a plasmaferese e o transplante hepático são restritos aos casos mais graves, como esses aqui no momento, por exemplo. Nós temos vários pacientes internados aqui no Hospital Regional com febre amarela. A maioria deles está evoluindo conformeos menos graves. Infelizmente, nesses casos, nesse caso específico desse rapaz que está havendo uma forma muito grave, nós estamos tentando esse tratamento, porque uma vez que ele já foi tentado anteriormente em outros casos aqui em Minas Gerais, no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, com resultados favoráveis, estamos tentando a mesma coisa aqui no Hospital Regional, com esse tratamento, com a chance de cura.
O tom é difícil falar isso, porque não temos um número grande de pacientes que nos permita dizer: “Olha, fazendo a plasmaferese, você vai ter 50% mais de 70%”. Mas não há um dado na literatura ainda. O que a gente sabe é que não apenas na febre amarela, mas em qualquer situação em que há uma falência hepática ou qualquer outra situação, a plasmaferese é uma tentativa de suporte, ou seja, manter o paciente vivo enquanto ele se recupera da doença.
Fonte: Hospital Regional passa a realizar Plasmaferese contra febre amarela em Barbacena por Carlos Ferreira