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História emocionante de Breno, um paciente com insuficiência cardíaca | Setembro Vermelho.

Eu descobri que meu coração estava com problema logo no início da pandemia e achei que era Covid. Mesmo assim, fiquei assustado. Logo que eu cheguei, fizeram a triagem e viram que a minha frequência estava muito alta. Fizeram uma chapa do meu pulmão. Só que eu cheguei no quarto cinco minutos depois, a médica me chamou e falou que teria que descer para a UTI.

Da UTI, já resolveram me entubar. Daí eu acordei um mês depois, já com diagnóstico. Eu estava com problemas cardíacos. A minha vida antes do diagnóstico era saudável. Da vida em São Paulo, a gente tem diversas doenças do coração. A gente pode atuar de forma preventiva, por exemplo, o infarto do coração. Nesse caso, a gente pode atuar em diversos fatores de risco, como sedentarismo, sensação de tabagismo, controle da hipertensão e do diabetes. Quando a gente atua nesses fatores de risco, a gente consegue diminuir o risco do paciente ter um infarto ou uma doença coronariana que pode levar à falência cardíaca e precisar da circulação extracorpórea ou eventualmente um transplante cardíaco, por exemplo.

Mais do que o diagnóstico, o prognóstico foi o mais difícil porque não me falaram que eu tinha basicamente duas opções: fazer um transplante ou implantar o dispositivo cardíaco.

Os psicólogos aqui do Ciro da equipe médica que me acompanhou desde o início. Eu sinto que eles conversam e trabalham como uma equipe. Eu percebo que eles entendam a necessidade, entendem as minhas limitações e constroem um programa para mim. É para mim o grande diferencial do Círio em relação aos outros hospitais. O atendimento de outros hospitais é a humanidade, a humanização, como a equipe trata a gente.

O caso do Breno começa com uma internação aguda muito grave com risco de vida. A gente usa todos os aparatos da terapia intensiva. Quando ele sai da fase introspitalar, a gente entra em outra fase do tratamento do paciente que é a fase de reabilitação, é o restabelecimento dele para ele voltar para a sociedade, para ele voltar a fazer atividades que ele fazia antes da internação. São poucos os centros que têm profissionais com experiência nesse tipo de dispositivo do Coração Artificial e inovações tecnológicas que conseguem monitorizar esse paciente durante a reabilitação. E quando você consegue quantificar quanto que esse paciente está ganhando de capacidade cardiovascular, quanto que esse paciente está ganhando de capacidade motora, né.

Hoje, a minha vida é normal ter um dispositivo. Fora isso, acredito que a minha vida está relativamente normal. Eu malho, eu saio com meus amigos, eu viajo, saio para bares e não tenho nenhuma restrição alimentar, posso beber. Eu revi minhas prioridades, então hoje minha prioridade é minha saúde. Antigamente, a minha prioridade era meu trabalho, era sair, viajar, e nunca foi minha saúde. Com certeza, essa mudança de prioridade foi a grande diferença.

Fonte: Insuficiência cardíaca: conheça a emocionante história de Breno | Setembro Vermelho por Hospital Sírio-Libanês