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Glomerulopatia 4: Sintomas e Tratamentos da Doença de Berger

A doença de Berger é também chamada de alterações urinárias assintomáticas, porque muitas vezes ela é completamente assintomática. Ela é a causa mais comum de hematúria de origem glomerular e também é chamada de nefropatias por IgA, justamente porque em sua fisiopatologia temos depósito de IgA.

A doença afeta principalmente indivíduos jovens, a partir dos 10 até os 40 anos, principalmente do sexo masculino. A apresentação pode ser de hematúria macroscópica intermitente, uma hematúria que dura de dois a seis dias e depois melhora; de hematúria microscópica persistente, que não é visível a olho nu, mas é persistente; e de uma síndrome nefrítica típica, o que pode ser um fator precipitante para uma infecção, como faringite ou amigdalite.

Para diferenciar de glomerulonefrite pós-estreptocócica, devemos notar que a doença de Berger não tem um período de incubação vinculado a uma infecção, além disso, o complemento é normal em pacientes com hematúria devido à doença de Berger, enquanto que na glomerulonefrite pós-estreptocócica, o complemento é diminuído.

O tratamento para a doença de Berger é feito com inibidores da enzima conversora de angiotensina, que servem para diminuir a proteína na urina e controlar a hipertensão. Nos casos mais graves, pode ser necessário usar colar psicoterapia, ciclofosfamida e plasmaférese.

Mais da metade dos pacientes, cerca de 60%, têm a doença de forma benigna, com hematúria persistente, mas sem perda de função renal a longo prazo. Cerca de um terço dos pacientes podem ter uma perda de função renal e uma pequena parcela pode evoluir para uma glomerulonefrite rapidamente progressiva.

Fonte: Doença de Berger | GLOMERULOPATIAS 4 por MedCanal