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Estapedectomia Endoscópica: caso de Platina Flutuante Stapedectomy – Floating Footplate Case – EES


A perda auditiva pode ter diversas causas, uma delas é a esclerose. Essa doença é caracterizada pelo aumento da rigidez na cadeia dos ossos do ouvido, o que pode levar à perda de audição. O diagnóstico da esclerose é feito por meio da história do paciente e exames como a geometria e tomografia.
Para tratar a perda auditiva causada pela esclerose, uma das formas é a estapedectomia. Nesse procedimento, é realizada uma incisão no tímpano para confirmar o diagnóstico. Caso haja evidência da esclerose, é realizada a correção da rigidez usando uma prótese. Tudo é feito com a segurança da vida endoscopia.
Após o levantamento do retalho tímpanomental, observa-se o osso do promontório, que é a parede externa do cóclea, o órgão da audição. O descolamento do nervo corda do tímpano, responsável pelo paladar, é necessário para criar espaço. Nesse momento, já é possível ver a articulação entre a bigorna e o estribo e o fim da parede posterior do conduto vai auxiliar na exposição das estruturas. Essa exposição deve ser feita com uma colheita afiada e de forma cautelosa.
Durante o procedimento, é tocado o martelo para observar a movimentação do ramo longo da bigorna. No entanto, o estribo está imóvel, caracterizando a esclerose. Com a tesoura de Bellucci, é feita a seção do tendão do estapédio. E, com a caixas 90 graus, é feita a luxação da articulação entre bigorna e estribo ou em tudo estapediana.
Usando uma ponta delicada, é feita a fratura das curvas do estribo, seguida da remoção de sua estrutura. Durante a fenestração, ocorre a flutuação da platina, e não se deve colocar a prótese até que a platina seja removida de dentro do vestíbulo. A ótica de 0° 3mm da endoscopia é importante neste momento. Através da visão grande-angular de endoscópio, é permitida a tomada de boas decisões.
A platina inicialmente é mobilizada com a ponta de ano, e, em seguida, é usado um gancho de 90 graus delicado. A platina é finalmente posicionada para anterior na altura adequada, criando espaço para a locação da prótese. Sem ajuda do nervo corda do tímpano, a prótese é colocada de forma adequada. O nervo facial na sua porção timpânica e a sua relação de proximidade com a janela ovalis são observados.
Após a colocação da prótese, é hora de fazer o teste da cadeia ossicular. Tocando levemente com martelo, é possível observar o ano longo da bigorna se movendo e consequentemente a prótese. É importante fazer a obliteração do espaço criado no vestíbulo com a remoção de um pequeno fragmento de gordura do lóbulo da orelha.
Para estabilizar a prótese e a gordura, é colocado um pequeno fragmento de material hemostático. Após 50 dias, é realizada nova audiometria que revela o fechamento do que é piá era o ócio no ouvido tratado compatível com a importante melhora relatada.
A ideia de trazer essa informação é ajudar as pessoas a entenderem melhor sobre a esclerose e a estapedectomia, um procedimento que pode ajudar na recuperação da audição em casos de perda auditiva causada por essa doença.
Fonte: Estapedectomia Endoscópica – Platina Flutuante (Stapedectomy – Floating Footplate Case – EES) por Raul Zanini