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Estafilococos aureus: características, sintomas e tratamento.

O que está em sua pele e você não vê: os estafilococos são bactérias gram-positivas que existem naturalmente em nossa pele e mucosas; no entanto, podem ser responsáveis por inúmeras e variadas doenças quando em grande quantidade, justificando sua grande importância clínica. Os aspectos morfológicos dessas bactérias são formatos série ideia, denominação cocos um micrômetro de diâmetro, formam grupos com aspecto de caixas de uva, por isso a determinação está aquele que no grego significa caixa de uva e são imóveis, pois não possuem inveja.

Os estafilococos são aeróbicos facultativos, podendo viver tanto com oxigênio quanto através da fermentação anaeróbica, mas possuem crescimento mais rápido em aerossol. O gênero Staphylococcus pertence à família Micrococcaceae, composta de aproximadamente 30 espécies, dentre as quais as de maior importância clínica são: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus saprophyticus.

O nome “auri” significa dourado em latim, devido ao segmento amarelo-característico produzido pela bactéria. Essa espécie possui uma cápsula que a protege de ser fagocitada pelo sistema imunológico e também possuem receptores de membrana específicos, como a proteína A, que inibe a ação do anticorpo. Além disso, os estafilococos possuem um receptor de membrana que promove a ligação do patógeno às células epiteliais das mucosas do hospedeiro e isso também é uma defesa, pois inibe que o patógeno seja fagocitado.

Os Staphylococcus aureus produzem várias toxinas que atuam através de diferentes mecanismos, sendo capazes de lisar hemácias, degradar moléculas de adesão do epitélio cutâneo e causar intoxicação alimentar. Produzem também enzimas extracelulares, sendo a coagulase a mais conhecida e, inclusive, característica dessa espécie, tendo como função coagular o plasma para suprir sua necessidade nutricional. Produzem ainda a fibronectina, que dissolve coágulos facilitando sua disseminação pelos tecidos.

Devido a essas características e mecanismos necessários à sua sobrevivência, os Staphylococcus aureus é potencialmente patogênico, causando diversas doenças, como: infecções cutâneas e subcutâneas, bacteremia, endocardite, pneumonia e empiema, osteomielite, artrite séptica, síndrome do choque tóxico, síndrome da pele escaldada, além de infecções hospitalares.

O diagnóstico clínico é feito por exame bacterioscópico, de cultura e coloração pelo Gram, isolamento e identificação do microorganismo. A identificação de microorganismo é feita através do teste com regulação. Este teste é realizado inoculando a bactéria em questão em um tubo de ensaio com plasma livre de contaminação. Se o plasma coagular, identifica-se a bactéria como sendo o Staphylococcus aureus.

Por se tratar de uma bactéria, o tratamento consiste basicamente na administração de antibióticos contra bactérias gram-positivas, como: penicilina, cefalosporinas, eritromicina, aminoglicosídeos, tetraciclina, cloranfenicol, meticilina, vancomicina, dentre outros. Porém, deve-se ter cautela na administração dessas drogas, uma vez que o Staphylococcus aureus é reconhecido por desenvolver um mecanismo de resistência a elas, através da votação de seus genes que sintetizam enzimas capazes de inativar a ação dos antibióticos.

Fonte: Estafilococos aureus por Julio Cesar Sorrilha