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Epilepsia: Saiba mais sobre ausências temporárias com o Neurologista Saulo Nader.


Tudo bem pessoal, tudo bem? Aqui pelo YouTube, temos recebido vários comentários, inclusive agradecendo a vocês pela participação. E uma das dúvidas que agente recebeu em um vídeo antigo que eu fiz lá atrás, sobre epilepsia, e a pessoa deixou uma dúvida bem pertinente. Eu quero comentar hoje sobre isso, sobre essa dúvida.
A pessoa em questão ela questionava que ninguém fala muito, ninguém explica, ela não ouve muito falar e não encontra informações na internet sobre o que ela chamou de “ausências temporárias”. E que ele falou que no caso dele é muito incômodo, ele não sabe muito bem como atuar com isso. O que ele quer dizer com essas ausências temporárias são episódios em que ele tem, de repente, está fazendo alguma coisa, sai do ar e volta como se nada tivesse acontecido, exatamente como fiz aqui agora. E muitas vezes, a pessoa não percebe que isso aconteceu. Alguém que está com ela na conversa, no bate-papo fala: “Nossa, ficou estranho, você não ouviu nada”, e tudo mais. Então, normalmente, o episódio é de que a pessoa perde o contato com o meio e ela para o que ela estava falando. É o que a gente chama de “parada comportamental”. Então, estava escrevendo, de repente, para, tava falando, de repente, para e muitas vezes, ela fica com a consciência ligada, vendo tudo que está acontecendo ao redor, depois volta. Mas muitas vezes a consciência dá uma breve desligada, também. Ela volta e não lembra que aquilo aconteceu. Que era o caso dessa pessoa, por exemplo.
Isso, na verdade, eu chamo de crise focal. Se vão lembrar lá no vídeo que eu fiz lá atrás, eu expliquei que assim, as crises convulsivas na epilepsia podem ser generalizadas, em especial aquela que a pessoa cai, debate, todo mundo já viu, um amigo, todo mundo conhece. Mas tem também as crises menores, quando o curto-circuito acontece só um pedacinho do cérebro e não se espraia pelo cérebro como um todo. Essas crises focais, um dos tipos dela é ficar, acabei de escrever aqui agora, são as crises focais com ou sem perda de consciência, comparada comportamental e perda de contato. Para então, isso nada mais é do que uma crise convulsiva e como toda crise convulsiva, em como a gente tratar. Isso, se no contexto da epilepsia, para que a pessoa não tenha isso.
Quando a gente ouve falar de ausências, foi até por isso que ele falou esse termo. Normalmente, a ausência é um tipo de epilepsia generalizada na infância. É outro assunto, outro papo, num outro momento. Faço um vídeo sobre isso. No adulto, ausência praticamente inexistente. Então, essas ausências que ele se referiu, na verdade, essas crises focais aí com perda de contato, parada comportamental, que eu acabei de explicar, como que trata? Com drogas antiepilépticas. Então, a gente vai adotar uma postura de remédios, medicamentos voltados para esse tipo de crise ou ajustar remédios que a pessoa já usa, introduzir remédios novos ou a troca de remédios até que a gente tenha o controle desse tipo de crise. Porque, além de muito incômodo do ponto de vista social, é muito chato, aquilo na frente dos outros. É estranho também é muito perigoso, porque perigoso porque pode acontecer em situações onde coloca em risco. Pode acontecer, por exemplo, com a pessoa dirigindo, pode acontecer, por exemplo, a pessoa quando está dentro de uma piscina. Ela pode se afogar e assim por diante. Então, precisa ser tratado.
Respondendo a sua dúvida, isso nada mais é do que um tipo de crise convulsiva que você está tendo dentro da sua síndrome poética. Da sua epilepsia e tem como tratar, tem como melhorar bastante e não tem essas crises são bastante incômodas.
Espero ter ajudado. Semana que vem, mais um tema das especialidades. Um abraço.
Fonte: Ausências Temporárias. Entenda mais sobre epilepsia com o Neurologista Saulo Nader por Neurologia e Psiquiatria