Aborto com pílulas – Minuto da Terra

No mundo inteiro, cada vez mais as pessoas estão escolhendo medicamentos em vez de um procedimento cirúrgico para interromper uma gravidez indesejada. Os abortos com pílulas já representam mais da metade de todos os abortos nos Estados Unidos e esse número é ainda maior em outros países. No vídeo de hoje, vamos explicar que medicamentos são esses e como eles funcionam.

Misoprostol

O mais utilizado é o misoprostol, que foi originalmente desenvolvido para tratar úlceras, pois ele interage com as camadas musculares do estômago e afeta a secreção de importantes fluidos estomacais. Mas o misoprostol também interage com o útero, causando contrações que podem expulsar o que tiver ali dentro. Quando tomado durante as primeiras 10 semanas, o misoprostol interrompe a gravidez em cerca de 90% dos casos. Ele também pode ser usado em combinação com outro medicamento chamado mifepristona.

Mifepristona

A mifepristona funciona interferindo no hormônio da gravidez, que normalmente mantém o revestimento do útero grosso suficiente para suportar o embrião em crescimento e o colo do útero fechado. Ao se ligar aos receptores do hormônio, a mifepristona bloqueia-o e impede-o de realizar esse trabalho. Como resultado, o revestimento uterino começa a se romper, fazendo com que o embrião se desprenda e a abertura do útero amoleça, facilitando com que as contrações empurrem tudo para fora. A mifepristona, o bloqueador hormonal, não é tão eficaz por conta própria para interromper uma gravidez, mas por ter um mecanismo tão diferente do misoprostol (causador da contração), os dois medicamentos juntos são muito eficazes se tomados durante as primeiras 10 semanas. Essa combinação de pílulas irá interromper a gravidez mais de 95% das vezes.

Efeitos colaterais

Abortos induzidos por pílulas podem ser bastante dolorosos e causar muito sangramento. Afinal, o que esses medicamentos estão fazendo é causar um aborto espontâneo. Nem mesmo os profissionais de saúde conseguem dizer apenas pelos sintomas se alguém está tendo um aborto involuntário ou se tomou uma pílula abortiva, já que o processo fisiológico é exatamente o mesmo. É até comum médicos prescreverem abortos espontâneos, pois eles podem ajudar o tecido a se desprender e a sair do corpo com mais rapidez e segurança.

Segurança

Quando tomados de acordo com as orientações, esses medicamentos são uma maneira extremamente segura de interromper uma gravidez. A maior parte do sangramento e do desconforto desaparecem um ou dois dias. Uma porcentagem muito pequena de pessoas passa por complicações, como perder muito sangue ou ficar algum resíduo, e nesses raros casos, o atendimento médico de emergência é obrigatório. Mas a maioria dos abortos com pílulas pode a princípio ser feito em casa, sem supervisão médica no local.

Legalidade

Atualmente, a possibilidade de usar legalmente esses medicamentos depende do tempo de gestação e de onde a pessoa mora. No Brasil, por exemplo, o aborto é crime, salva exceções. Para mais informações, confira os links na descrição.

Conclusão

Os medicamentos utilizados para interromper uma gravidez indesejada são uma opção segura e eficaz para muitas pessoas. No entanto, é importante lembrar que cada caso é único e que é fundamental conversar com um profissional de saúde antes de tomar qualquer decisão.

Abortos com pílulas já representam mais da metade de todos os abortos nos Estados Unidos.
Misoprostol é o medicamento mais utilizado para interromper a gravidez.
Mifepristona pode ser combinado com misoprostol para aumentar a eficácia.
Abortos induzidos por pílulas podem ser bastante dolorosos e causar muito sangramento.
Os medicamentos são seguros se tomados de acordo com as orientações.
A legalidade do uso desses medicamentos varia de acordo com o país.

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Fonte
Como funciona uma pílula abortiva por Minuto da Terra

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