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Entenda a relação entre Esquizofrenia e Psicose.

E aí pessoal, tudo bem? Meu nome é Darlan No Freio e eu sou médico psiquiatra. Eu vim aqui trazer para vocês uma super hidratante sobre esquizofrenia e psicose. Para falarmos sobre esquizofrenia, nós temos que primeiro entender o que é psicose. A psicose nada mais é do que a quebra da realidade. Mais classicamente, a gente consegue caracterizar psicose como suas alterações muito importantes.

  • Alterações de senso percepção, que seria por exemplo, alucinação quando ela oscilação pode ser de forma auditiva, visual, de gustativa, olfativa e também tátil;
  • Delírios, que é a alteração do conteúdo de pensamento. Existem vários tipos de delírios, como delírio de perseguição, delírios místicos e delírio de cunho religioso.

Claro, na esquizofrenia, temos os sintomas psicóticos. Dando um exemplo claro: um quadro de um paciente com um transtorno de esquizofrenia e no quadro psicótico agudo, mostrando que o paciente está com sintomas psicóticos, um exemplo muito claro, uma vez eu atendi um paciente lá no Rio de Janeiro, quando eu ainda era estudante, que abriu a porta e simplesmente chegou um paciente lá onde ele falava muito baixinho comigo, com a mão na boca para que ninguém conseguisse entender ele falando e nem poder te ver, ver ele de fora. A forma como ele se expressava na investigação de saber o que é que estava acontecendo com ele, ele me falou que, na verdade, na casa dele, alguns dias atrás, tinham sido espalhadas câmeras por toda a casa e microfone por toda a casa para captar tudo que ele falava e tudo que ele fazia para exatamente assim essas pessoas que estavam fazendo isso conseguissem fazer algo contra ele. É um psicótico. Ele quebra a realidade. O que ele vive dentro da cabeça dele é real para ele. Aquilo é vivido e real e é uma realidade que só ele vive e não as outras pessoas conseguem viver.

Pessoas que acham muito sobre como é que a gente pode desenvolver a esquizofrenia. A esquizofrenia é algo que só vai desenvolver quem realmente tem a genética ali e tem a possibilidade de desenvolver um quadro psicótico e obviamente desenvolver um quadro de esquizofrenia. Mas antes disso, há muitos pacientes que, mesmo tendo a genética, eles não vão desenvolver esse quadro. Mas há maneiras de como ele aumente a probabilidade de desenvolver um quadro psicótico e tem uma abertura de um quadro de esquizofrenia. Como por exemplo, as drogas. As drogas são altamente psicotizantes. Então, drogas como maconha, como cocaína, como crack, são elementos que, se as pessoas utilizarem, podem sim apresentar uma abertura de um quadro psicótico e obviamente abertura de um quadro de esquizofrenia. Toda orientação que é feita hoje em dia em principalmente em jovens, é fazer não utilizar esse tipo de entorpecente porque, sim, eles podem pintar um quadro de esquizofrenia.

Para fazer o tratamento desses quadros, é muito interessante que a gente utilize uma classe de medicação chamada antipsicóticos. Esses antipsicóticos são extremamente eficazes para os sintomas positivos, que a gente chama de prmia. São os delírios e as alucinações. Infelizmente, aqui, a trilha ainda não evoluiu tanto para tirar os sintomas negativos. Os sintomas negativos seriam as perdas cognitivas que o paciente vai tendo, principalmente o entendimento de mundo que o paciente vai tendo com o passar do tempo e também aquele embotamento afetivo.

O paciente esquizofrênico com o passar do tempo apresenta aquele olhar vago que a gente identifica claramente quando chega dentro de um Hospital Psiquiátrico e sabe de longe, de cara, pela diferença clínica que aquele paciente tem esquizofrenia. É muito interessante né esperar que no futuro próximo, a medicina consiga evoluir para que medicações sejam ato o que tira esses sintomas negativos.

Fonte: Esquizofrenia e Psicose: entenda melhor essa relação por Dr Delano Freire – Psiquiatra