Entenda a colite de quem tem colostomia: sintomas e cuidados

Política para quem tem colostomia

Olá pessoal, hoje vamos falar sobre a política para quem tem colostomia.

A colostomia é quando uma parte do intestino é colocada no abdômen e uma alça de intestino é puxada e fixada em algum local do abdômen. Com isso, a pessoa passa a evacuar por essa região da barriga e coloca uma bolsa para coletar as fezes, que depois são jogadas no vaso sanitário.

Independentemente do motivo que levou a fazer a colostomia, aquele trânsito intestinal está desviado, então uma parte do intestino não recebe mais o fluxo de fezes. Uma parte vai chegar ao cólon e outra parte, que é chamada de fístula mucosa, vai na direção correta, mas não passa fezes.

O nosso intestino recebe uma parte da sua nutrição a partir das fezes, através do butirato, que fornece energia para as células intestinais e para alguns processos que ela precisa realizar. Quando fazemos essa mudança do fluxo, este desvio pode causar um sofrimento nas células intestinais e levar a algum grau de inflamação, que é o que chamamos de colite de exclusão, exatamente porque o trânsito intestinal está excluído.

Esse quadro é muito mais frequente do que se acreditava e pode causar sintomas como produção de muco e sangramento. Porém, é um quadro benigno e, em geral, não causará problemas. Para tratá-lo, podemos usar medicações introduzidas no ânus ou no reto, ou introduzir alguns suplementos com butirato para facilitar a alimentação dessas células e melhorar o quadro.

Em geral, a resposta é muito boa e esse quadro de colite de exclusão não impossibilita o fechamento da colostomia. Pelo contrário, quando fechamos a colostomia e o trânsito se estabelece na região, esse quadro melhora. Normalmente, a taxa de resolução completa é quase 100%, mas pode haver algumas sequelas na região. É importante lembrar que aquela região excluída também apresenta risco de desenvolver câncer, então é necessário fazer rastreamento regularmente.