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Diferença entre convulsões e epilepsia: tudo o que você precisa saber


A pessoa perde a consciência, tem uma contração. Às vezes tem até um grito porque o diafragma ele contrai e às vezes perde o controle. Então pode se urinar, é uma cena que a gente sabe que é muito fome, é o caso assim foi muito de repente. A gente tava conversando ele caiu e começou a se debater. Perfeito, isso dura alguns segundos e um minuto, é coisa muito rápido e depois a pessoa tem a gente chama, pois é que lentamente ela vai voltando isso da consciência.
Então, essa diferença é muito importante e por que ela ocorreu? Um curto-circuito no cérebro, os neurônios se comunicam, a gente tem aquele videozinho aí que vai mostrar os neurônios se comunicam por circuitaria elétrika, então um comunica um com outro através dessa eletricidade, por isso que a gente chama eletroencefalograma, né? Meu coração tem eletrocardiograma que tá vendo a circuitaria elétrica no cérebro, a gente tem o eletroencefalograma. Pode dar curto-circuito, então a epilepsia é isso, é o cérebro, a comunicação entre os neurônios, ela fica prejudicada e dá justamente esse cenário que é uma tempestade. O que acham o circuito? Por que isso acontece, Claudete?
Isso pode ser fatores genéticos, um problema na comunicação entre um neurônio e outro, porque a gente sabe que tem portais que comunicam entre um com o outro, e na hora que você tem um curto-circuito, a depender do local que seja, se for uma crise que dá na parte motora, o paciente perde o movimento de um braço, a gente é uma crise parcial, é parcial, pela não perde a consciência, só altera uma região do cérebro.
E a clássica que essa combustível você presenciou, tônico-clônico generalizada, o curso circuito generaliza por todo o cérebro. Então, quanto tempo pode durar a crise? Ela é sempre curta como você falou, ela pode ter, na maioria das vezes, é curta, são segundos a minutos.
Doutora, a pessoa pode ser epiléptica e não saber que essa é falou sobre um fator genético, está sempre presente ou não?
Perfeito, isso para caracterizar coma epileptiva, tem que ter tido mais de duas crises. Vou dar exemplo que a classe que você vai lembrar de algum caso. Às vezes tem criança que tem convulsão febril mesmo a temperatura cérebro dela tá informação ainda dá esse curso circuito, um evento único. Você não começa a dar remédio rotineiramente sem dizer que essa criança teve crise convulsiva febril, aumenta a chance dela ter epilepsia, mas nem sempre. Você faz o diagnóstico.
Agora, o fator genético sempre tá presente, é o mais importante. Só para você ter ideia, a gente como neurocirurgião lida muito com causas secundárias. Então, o paciente ele pode ter uma tumor que dá uma convulsão, um AVC isquêmico irrita o cérebro e dá uma convulsão, cavernoma pode dar uma convulsão, o traumatismo craniano pode dar uma conversa igual na frente da epilepsia. É parecido quem tá olhando de fora. Tanto que quando eu passei, tem um primeiro evento, a gente tem a mesma conduta com todos. Vai fazer exame de imagem que hoje é ressonância para a gente ver se isso é secundário, alguma doença foi uma vez e diz a pessoa teve a primeira crise fazer exame descobre tumor e a gente tem que operar o teve a crise e descobre o cavernoma. Então, são o que você, da primeira vez, olhando para centenas, você não sabe o que é que aconteceu, a partir daí você faz a investigação. Quase cinquenta por cento das vezes, a ressonância vem normal e aí você caracteriza que esse paciente pode ter epilepsia primária, não tem uma causa idiopática.
Agora, médico-cirurgião, Marcial, como mostra essa ilustração aí, pode ser provocada por um pequeno AVC. Eu ouvi dizer que pessoas de mais idade às vezes têm AVC e nem sabe que tiveram ser tem pequenos AVCs antes das vezes de um AVC maior, né, de uma coisa pior, e você nem percebe que ela teve um AVC. É verdade, verdade. A epilepsia é bimodal. O que é bimodal? Dois períodos. Ocorre de forma bem intensa na infância, são crianças que acabam tendo crise, às vezes diagnóstico comer epilepsia que é o fator genético, e na terceira idade é grande parte do seu público tá nessa faixa que são causas secundárias. Que é isso que me o AVC lidera, junto com os tumores, e é clinicamente de forma bem parecida. Ela pode ser focal, ela pode ser generalizada. Então assim, você ouvindo a história do paciente, você não sabe se ela é primária ou secundária. Mas geralmente pela idade, pelos fatores de risco, você consegue identificar.
Fonte: Convulsões e Epilepsia: Entenda qual é a diferença! por Julio Pereira – Neurocirurgião