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Descubra como tratar a epilepsia de forma eficaz

Nem o tratamento da epilepsia hoje é feito fundamentalmente com medicamentos e mudança de comportamento que possam provocar a crise. Os medicamentos vão ser orientados de acordo com a forma da crise, o tipo da crise do paciente e com o quão difícil é controlar. De acordo com a resposta, o grau de resposta da crise e do organismo com medicamentos, se vai usar um, dois ou três medicamentos combinados para poder tentar ter o tratamento.

Outra forma de tratar as crises convulsivas é tentar evitar o que provoca as crises, como por exemplo, dormir tarde, ou dormir pouco, ou dormir muito, luz estroboscópica, respirar muito rápido por um tempo seguido, são vários gatilhos que faz provocar crises. Luz estroboscópica é um tipo de boate que fica piscando várias vezes seguidas. Tanto foi isso que, por exemplo, quando começou o desenho do Pokémon no Japão, o Pikachu ele soltava um raio que a televisão ficava piscando por um certo tempo e várias crianças no Japão começaram a ter crise convulsiva. Isso modificou o desenho do Pikachu e vários desenhos lá agora vem com uma advertência para não assistir o desenho numa sala escura, para assistir com a luz ligada que diminuiu a chance de ter a crise convulsiva pela luz estroboscópica.

Além do tratamento com medicamentos, pode ter o efeito comportamental e cirurgias. Há cirurgias de implantação do simulador do nervo vago. Você põe o implante, um dispositivo que quando percebe que a pessoa começa a ter uma crise dá uma descarga no nervo vago. Essa descarga sobe para o cérebro e combate outras cargas que estão chegando e normalmente inibe a crise convulsiva. Tem outros efeitos colaterais porque inibe e porque estimula o nervo vago para baixo também, mas é melhor do que não ter a crise convulsiva.

Outro tipo de tratamento é a cirurgia, especialmente para cirurgia do medial do lóbulo temporal. Lá que nem eu falei antes tem uma inflamação do lobo temporal e do hipocampo, especialmente do hipocampo. Este hipocampo fica inflamado, e a cicatriz dessa inflamação ela fica irritando o cérebro e provocando crises. Já existe cirurgia que vai lá e tira o hipocampo ou o hipocampo e um pedaço do lóbulo temporal e, se for aquele ponto o foco irritativo da crise, quando se retira ele normalmente melhora as crises ou, pelo menos, fica muito mais fácil controle.

Existem outras terapias mais diferentes, por exemplo, a dieta cetogênica, em que a pessoa faz uma dieta que provoca uma certa acidose no organismo e isso ajuda a ter maior controle das crises também. A grande maioria das crises convulsivas não precisa disso, normalmente precisa só de um dos medicamentos e uma parte comportamental. Em casos mais refratários, muito mais difícil que a gente lança mão das demais opções terapêuticas.

Fonte: Epilepsia – Como Curar Epilepsia por Regenerati – Dr. Willian Rezende