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Descoberta chave na doença de Huntington: avanço de pesquisa em neurociência – SUPERNOVAS


Olá pessoal! Vai começar agora mais um super novato todo final da semana. A gente vem aqui reunir os maiores destaques de notícias sobre deficiência que rolaram durante a semana e faz um resuminho pra te atualizar.
Novo tratamento promissor para a doença de Huntington
Essa semana a gente teve os primeiros resultados sobre um novo tipo de tratamento da doença de Huntington. Para quem não sabe, voltando ao “House”, uma personagem na série descobriu que tinha a doença da mãe. A personagem era da Univel, a última da tarde, e a série mostra todo o processo de sofrimento dela ao descobrir a doença, porque de fato, é uma doença muito triste. Do diagnóstico pra frente, a pessoa tende a se perder.
Só para explicar um pouco, a doença de Huntington é uma doença hereditária e degenerativa. Ela funciona progressivamente, causando danos ao sistema nervoso e ao cérebro. Ela causa uma série de sintomas que afetam muito a qualidade de vida, por exemplo, como arte sistema nervoso ela pode causar movimentos involuntários ou então paralisia. Ela afeta o humor e pode causar depressão. No longo prazo, ela causa demência e pessoas muito mais jovens. É um caso de demência senil que a gente conhece, e é realmente uma doença muito triste.
Há 25 anos a gente sabe exatamente qual é a causa genética da doença de Huntington. É um único gene que sofre uma mutação e essa mutação leva o próprio corpo a produzir uma proteína que é tóxica para o cérebro e para todo o sistema nervoso. A gente consegue hoje em dia tratar esses sintomas para tentar diminuir a intensidade deles, mas a gente não consegue parar a produção da proteína.
Até agora, essa nova droga, que teve os resultados dos testes divulgados, parece extremamente promissora para cuidar desses casos porque é a forma como ela age que é exatamente na causa da doença, não só assistindo os sintomas. É o nome dela que está na tela, a Ionis-HTT_RX.
Então, vamos pensar que no DNA funciona como um manual de instruções e ele vai passar instruções para a produção de proteínas no corpo que vai acontecer dentro da célula. Quem passa essa mensagem do DNA para o ribossomo é o RNA mensageiro. É ali que ocorre a interceptação dessa droga, para evitar que o RNA mensageiro chegue até que possamos carregar a ideia de trazer a proteína tóxica.
Com a imagem que está dentro da tela, explica um pouco como foi feito esse teste. A droga não pode ser um comprimido que você toma, é injetada diretamente no líquido que fica entre o crânio e o cérebro. Isso parecendo uma coisa em azul é o líquido, que não fica só na cabeça, mas se estende por toda a coluna vertebral.
Basicamente, é um tratamento dolorido, ainda que as pessoas até têm um medicamento injetado uma vez por mês por quatro meses na coluna vertebral nesse líquido. Eles observaram as pessoas por quatro meses, acompanhando o quanto de proteína tóxica era produzida. Eles perceberam que, apesar de ter sido um grupo bem pequeno, eles receberam diferentes doses por pessoa e a quantidade de proteína produzida reduziu proporcionalmente à dose, o que é um bom indício de que o remédio está funcionando.
É muito bom, a gente tem notícias como essas. Ainda não é uma cura que depois de amanhã estará na farmácia, mas a gente ainda não sabe como os sintomas reagem, nem com que rapidez eles melhoram quando a gente faz isso. Mas, por uma doença que a gente já está há 25 anos sabendo a causa, mas não sabendo para onde vai, é uma notícia muito muito boa.
É isso pessoal, esse foi um dos nossos destaques na semana. Na semana que vem, a gente volta com mais informações.
Fonte: A descoberta mais importante sobre a doença de Huntington dos últimos 20 anos – SUPERNOVAS por Superinteressante