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Condropatia Patelar: Sintomas e Tratamento.

Tratamento cirúrgico da Condropatia Patelar

Olá pessoal! Tudo bem? Meu nome é Leonardo, sou médico ortopedista e especialista em cirurgia do joelho, além de ser médico do Sport. Antes de tudo, gostaria de agradecer a quantidade de inscritos que tem mandado perguntas no meu canal. Hoje, eu gostaria de falar sobre um tema bastante frequente e polêmico, que é o tratamento cirúrgico da Condropatia Patelar, ou seja, a doença cartilaginosa entre a patela e o fêmur.

Lembrando que a cartilagem é um tecido com quatro camadas que serve para absorver energia cinética entre os ossos do joelho e, uma vez que a gente tenha tido alguma lesão nessa camada de cartilagem, dificilmente a gente tem uma cicatrização, e quando a gente fala de Condropatia Femoropatelar, a gente está falando da cartilagem entre a patela e o fêmur. A doença pode acontecer tanto por micro traumas de repetição, como, por exemplo, uma pessoa que tem uma contra humala que se evoluiu para uma Condropatia um pouco mais avançada, ou, por exemplo, uma pessoa que sofreu um trauma, entorse no joelho jogando futebol, por exemplo, e a patela pulou fora do lugar.

Os sinais clínicos são muitos, sinais cardinais desenvolvedor, e isso está muito ligado ao movimento, derrame articular – que nada mais é do que água no joelho -, estalidos e atrofia muscular. Essa atrofia, na verdade, ela é nada mais do que o que a gente chama de inibição arthrogenica do quadríceps, ou seja, o fato de você sentir dor, inchar o seu joelho, e isso vai levar à perda de massa muscular local.

O tratamento, na grande maioria das vezes, é não cirúrgico. A gente sempre prescreve um tratamento paralelo, que a gente vai tratar a doença cartilaginosa e no outro, a gente vai tratar a disfunção muscular, então a gente costuma entrar com terapias como, por exemplo, a risco suplementação e infiltração com ácido hialurônico no joelho, associado a uma boa fisioterapia. Havendo melhora, a gente vai para o que a gente chama de trabalho de fortalecimento, e a gente hoje em dia consegue emitir alguns protocolos para fortalecimento em uma academia, por exemplo.

A decisão do tratamento cirúrgico é um pouco difícil, mas ela envolve basicamente a falha do tratamento conservador, o tratamento não cirúrgico. Em algumas lesões traumáticas agudas, principalmente quando envolve a luxação femoropatelar, ou quando a gente tem um entorse no joelho. O planejamento, na verdade, vai envolver fatores como sexo, idade, grau de função muscular, tamanho da lesão e alterações anatômicas que a gente pode ter aquela pessoa pela exposição anatômica dela, até com um empate.

O que a gente tem hoje de arsenal cirúrgico, ou seja, o que a gente consegue fazer hoje, a gente trata aquela Condropatia. O principal tratamento hoje é a microfratura, que apesar de ser um tratamento antigo, foi criado por um autor chamado Stedman nos anos 80, e hoje ainda é bastante utilizado. A gente costuma indicar para pessoas que têm o que a gente chama de tio patelar, ou seja, uma alteração no eixo da patela, pessoas não muito ativas e acima de 45 anos de idade. Consiste na confecção da micro fratura, e a gente olhando através do vídeo, essa micro-fratura vai formar um tipo de colágeno que a gente chama de colágeno tipo 1, que vai cicatrizar, ele vai reduzir a erosão e, apesar de ter uma taxa de soltura de um bom resultado a longo prazo, a gente tem uma taxa de sucesso muito grande em pessoas com esse perfil, mas não tem um sucesso tão grande em pacientes jovens. Pacientes jovens costumam indicar os dois procedimentos.

O primeiro é a mosaicoplastia, que é para erosões localizadas, crateras localizadas com menos de dois centímetros quadrados na patela. Principalmente, o que a gente chama de membrana de colagem. A membrana de colagem, na verdade, é a gente faz a micro-fratura por via aberta, sem ser por artroscopia, a gente precisa abrir o joelho para poder fazer o procedimento, e a gente coloca uma membrana e essa membrana de colágeno ela chama as células que estão dentro do osso, células osteogênicas que mais elas migram e começa a se transformar em células cartilaginosas e depois posteriormente elas começam a fabricar a matriz extracelular. A gente costuma ter um resultado e histologicamente melhor, ou seja, a gente costuma ter um arquétipo de cartilagem de uma decolagem do tipo 2, uma cartilagem mais aderente e mais parecido com o que a gente tinha de original.

No período pós-operatório, a gente faz no caso da Biomin, a gente costuma mobilizar pelo menos duas semanas, e a gente segura na muleta na grande maioria dos casos de seis a oito semanas. Já nesse período, a gente já começa a fisioterapia. Na verdade, a fisioterapia começa praticamente no primeiro dia pós-operatório. Quando a pessoa é atleta ou esportista de alto rendimento, a partir da segunda semana, a gente já começa o ganho cardio respiratório, principalmente natação ondulação quilômetros de braço é de uma maneira mais intensa, e a gente vai fazer um controle desse paciente operado de qualquer uma das três técnicas através dos dados clínicos de melhoria de força de dor e a ressonância magnética, principalmente porque a gente chama de mapa T2.

O retorno ao esporte costuma ocorrer de seis a oito meses, e a gente usa o protocolo chamado UFMS. Toda a equipe, em que envolve o fisioterapeuta, médico, educador físico, a gente engloba esse paciente e faz com que, gradativamente, ele vá aplicando testes funcionais e, gradativamente, vai fazer uma periodização do treinamento e conseguir voltar 100% ao esporte.

Pessoa muito obrigado por este mas este vídeo. Se você tem alguma dúvida a respeito desses três procedimentos, a respeito da Condropatia Patelar, sinta-se à vontade para escrever aqui embaixo. Não se esqueça de se inscrever aqui no meu canal e ativar as notificações. Até a próxima!

Fonte: CONDROPATIA PATELAR: O que é, sintomas e como tratar por Dr. Adriano Leonardi