Como lidar com estresse pós-traumático e depressão após violência sexual.

Esta semana saiu um artigo na revista Pesquisa, que era a revista da Fapesp, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, sobre uma pesquisa que foi feita na Unifesp, no departamento de psiquiatria da Unifesp aqui de São Paulo.
Essa pesquisa foi feita com 82-83 mulheres e adolescentes que foram estupradas. E a gente imagina que o sofrimento das mulheres estupradas seja aquele do momento, né, de um instante em que são estupradas, que passa por uma violência sexual que é ninguém consegue entender o alcance dela, só quem passou por isso.

Essa pesquisa foi feita com 82-83 mulheres e adolescentes que foram estupradas.
Essas mulheres depois do estupro vivem uma situação que é chamada de estresse pós-traumático.
Essas mulheres têm todos os sintomas de estresse pós-traumático, como alterações do sono, pesadelos nos quais elas revivem os piores momentos da agressão, essa dificuldade no sono não permite um sono reparador.
A maioria delas entra em quadro depressivo e precisam ser acompanhadas por um tempo longo.
As consequências que uma mulher estuprada sofre dura meses anos às vezes.
Esse estresse pós-traumático persiste pelo resto da vida por grande parte delas.
O estupro é um crime abominável e é um crime que deixa a consequências por muito tempo.
Uma sociedade não pode conviver com essa realidade. Nós temos que combater esse tipo de crime.
Essa violência contra a mulher brasileira é generalizada. No ano passado, em 2021, foram mais de 500 mil estupros.
A maioria das mulheres estupradas não dá queixa por uma série de circunstâncias.
Convivemos com uma agressão nas mulheres brasileiras o tempo todo.
Aquelas que têm a felicidade de não ser estupradas no Brasil morrem de medo que isso aconteça com elas.

Fonte: Estresse pós-traumático e depressão podem surgir após uma violência sexual por Drauzio Varella