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Cisto pilonidal vs. Fístula perianal: entenda as diferenças.


Olá! Tudo bem com você? Uma pergunta que eu recebo muito aqui no canal é como diferenciar o cisto pilonidal da fístula perianal. Então, dá uma olhada nisso aí e se eu chamar seu intermédio coloproctologista.
Seja bem-vindo ao canal! Vamos ver então como que a gente pode diferenciar o cisto pilonidal da fístula perianal. Primeiro, a gente tem que entender o que é cada coisa para a gente poder saber quais são as diferenças.
O cisto pilonidal é uma inflamação, uma infecção que fica na região entre as nádegas, abaixo das costas e acima do ânus. Então, fica bem naquela região entre as nádegas, que muitas vezes as pessoas chamam de cofrinho. Naquela região, um pelo vai entrando pela pele e vai criando uma cavidade ali embaixo na pele e que está sempre com algum tecido inflamatório com presença de bactérias.
Ele mantém um grau de inflamação que causa dor e pode ir aumentando com o passar do tempo, podendo dar até um abscesso, que seria o furúnculo abscesso pilonidal. E dá muita dor, muito inchaço e é muitas vezes no momento em que a pessoa faz um diagnóstico da fístula perianal.
A fístula seria um desvio, como se na região do ânus tivesse uma saída que vai até a pele, ou seja, se a pessoa olha para aquela região, ela vai ver o ânus e vai ver um orifício do lado. O cisto pilonidal pode criar trajetos fistulosos também, que a gente vai chamar de sinos, e ele pode se manifestar em uma região próxima do ânus, e a fístula pode treinar para região posterior, dando um aspecto de um cisto pilonidal.
Então, como que a gente vai saber a diferença dos dois? Bem, essa diferenciação pode ser difícil até para os médicos. Porque se o cisto se manifesta em uma região muito próxima do ânus, ele pode ter o mesmo aspecto de uma fístula.
O exame físico a gente muitas vezes não vai conseguir diferenciar logo de cara, na maioria das vezes, a gente consegue diferenciar só de olhar para as duas doenças, porque a região do cisto é um pouco mais pra cima e a fístula pode se manifestar em outras regiões, mas quando elas estão em uma região que pode ser uma intersecção e manifestação das duas, aí vai dar essa dificuldade.
É nesse caso que vão entrar os exames complementares. Então, o primeiro passo para a gente diferenciar seria a história clínica e a localização dos dois. Na consulta, a gente vai palpar a região para tentar diferenciar se aquele está vindo do ânus ou não, mas se a gente não consegue diferenciar, é aí que a gente pode usar, por exemplo, o exame de ressonância ou até um exame de ultrassom localizado ali.
Com o exame de ressonância e ultrassom, a gente vai conseguir diferenciar se aquele está vindo do ânus ou não. É claro que são exames, e exames tem suas taxas de falha, tem suas limitações e pode ser que ainda assim não consiga diferenciar. E aí o que que vai fazer?
Bem, a gente tem a opção de ir para o bloco cirúrgico fazer um exame sob sedação. Como que a gente faria isso? A gente vai para o bloco cirúrgico, anestesia a região ou faz uma sedação e a gente entra com um instrumento chamado estilete pelo orifício. E a gente vê para onde é que ele está indo. Se está indo para dentro do ânus, a gente vai saber que aquele é uma fístula, porque o cisto pilonidal não vai para dentro do ânus da mesma forma que se tiver indo para a região superior, a gente vai saber que aquele é um cisto.
É claro que a medicina não é matemática. Às vezes, as coisas podem variar, podem ter quadros difíceis de diagnosticar, mas em geral, a gente vai conseguir e vai fazer um tratamento adequado.
Se o vídeo te ajudou, lembra de curtir o vídeo, se inscreve no canal, explora que o canal que você vai achar conteúdo sobre as duas doenças, tanto a fístula quanto o cisto pilonidal!
Fonte: Diferença cisto pilonidal e fístula perianal por Dr. Marcelo Werneck