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Cisto ovariano com sangramento


Nessa primeira parte do exame, temos uma ultrassonografia transabdominal. Aqui corte longitudinal, temos a parede abdominal e a bexiga urinária. A lesão está localizada no ovário, que pode ser identificado por ter folículos. A lesão é bem delimitada, com ecos internos e uma área ecogênica. Já no corte transversal, a lesão apresenta as mesmas características e não apresenta fluxo sanguíneo. Recomenda-se uma ressonância magnética para detalhar melhor as características da lesão.
No segundo exame, uma ressonância magnética, é possível ver que o ovário direito está normal, com seus folículos. A lesão é volumosa e bem delimitada, e a parte da lesão está comprimindo o ovário e apresenta hiper sinal em T2. A área mais profunda da lesão apresenta hipo sinal em T2, o que indica ser mais compatível com conteúdo hemorrágico. A zona funcional do endométrio e o miométrio também são visíveis no exame.
A sequência ponderada em T1 com saturação de gordura mostra que a lesão apresenta alguns focos de hipo sinal, enquanto a sequência em T2 mostra áreas de hipo e hiper sinal na lesão. O ovário normal também é visível no exame.
No quarto estágio do exame, temos a bexiga e a lesão restante do ovário. Foi injetado contraste no exame, e é possível ver o realce ao redor da lesão, indicando uma cápsula que se formou ao redor da lesão. O diagnóstico final é de cisto ovariano hemorrágico, e o diagnóstico diferencial foi feito com a endometriose, que apresenta mais personal em T2 e T1.
É importante salientar que o controle evolutivo é necessário, e que nesse caso, a lesão prévia não apresentava nenhum problema. Esse cisto ovariano pode se resolver espontaneamente. Esse vídeo mostra a imagem típica dos estudos em cisto ovariano e serve como lembrete de que, em algumas situações, a diferenciação entre um cisto e a endometriose pode ser difícil.
Fonte: Cisto ovariano hemorrágico por Jezreel