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Capacitação de Agentes de Saúde em Plantas Medicinais e Fitoterápicos

Estamos aqui no Horto de Plantas Medicinais Francisco José de Abreu Matos. Podem entrevistar o agente de saúde Ana Maria.

Eu gostaria que você falar sobre a sua formação e sobre o local onde você trabalha.

Bom, eu estou concluindo o curso de serviço social agora e trabalho como agente comunitário de saúde no posto de saúde Manoel Caso de Gouveia, que fica no Jardim das Oliveiras.

Eu gostaria de saber como é que você faz a abordagem sobre plantas medicinais no seu processo de trabalho do agente de saúde. É iniciar o seu trabalho na comunidade?

Primeiro, ele tem que passar por um curso de formação que é um curso técnico de agente de saúde. Depois, ele vai trabalhar na área com abordagens educativas primeiro, respeitando a cultura do povo, respeitando que as pessoas já sabem, para depois a gente passar o que aprendeu no curso. Como a gente passa é sobre as plantas. O que a gente vai falar sobre as plantas é sempre a partir do que eles já sabem. Como é que a gente trabalha, sem procurando é abordar o assunto de higienização, como é que é feita a higiene das plantas, como é que eles fazem o shas, a aal, os xaropes, né? Tentando mostrar pra eles que a higiene é o principal ponto, né, pra sair um trabalho remédio bem feito. Não se pode utilizar de qualquer jeito. Então, começa pela higienização. Depois, a gente procura saber se realmente a planta é aquela que ele diz que tem, né, pra saber se não é uma planta que não pode ser consumida, que não pode ir ao fogo, que não pode ser utilizada, só lavada e utilizada. A gente tem que saber como é que ele está utilizando a planta, para depois a gente passar o nosso conhecimento. Como esta prática integrativa e complementar contribui para o repasse de informações.

Essa prática ela veio acrescentar e muito no nosso trabalho. É a gente antes passava conhecimento sobre remédios apenas da farmácia, né. Hoje a gente sabe que o remédio da farmácia associado aos remédios caseiros, o chá das plantas medicionais, eles não fazem bem. Então, hoje a gente adquire o conhecimento e pode repassar para o paciente que não dá está administrando os remédios. Que nem toda a planta serve para determinado tipo de problema de saúde que a pessoa está sentindo. Então, isso veio acrescentar, somar ao nosso trabalho.

Ana Maria, você o que você observou que mudou na vida dessas pessoas que receberam orientação sobre plantas medicinais e fitoterápicos?

A gente percebe, a média que é pouco tempo, mas a gente consegue ver que as pessoas procuram o posto de saúde por pequenas coisas que elas podem resolver em casa mesmo, né, como chás, como a forma correta de fazer um xarope. As crianças, às vezes, uma pequena tosse, uma gripe que se iniciou, a mãe já aprendi a tratar em casa com xarope, com os banhos, e isso a gente percebe que melhorou a ida dessas pessoas. Diminuiu a ida dessas pessoas ao posto de saúde.

Fonte
Entrevista com Ana Maria, Agente Comunitária da Saúde por Saps Secretaria de Atenção Primária à Saúde