Pular para o conteúdo

Câncer de tireoide: a importância da tireoglobulina | Dicas do Dr. Jônatas Catunda


Quer entender um pouco mais sobre esse exame de tireoglobulina? Vamos analisá-lo em detalhes:
Olá, seja bem-vindo ao canal da tireóide. Eu sou o doutor Jonas Catunda, cirurgião de cabeça e pescoço, e nesse canal, vou tirar suas dúvidas sobre as doenças da tireóide. Hoje, o tema é a tireoglobulina.
Esse exame é muito útil no acompanhamento de pacientes com câncer de tireóide, mais especificamente, o carcinoma papilífero da tireóide, porque é uma proteína produzida exclusivamente pela tireóide e pelo câncer bem diferenciado. Como é o caso do anapapliferico, sempre que o paciente vai para outra terapia, eu peço a tireoglobulina junto com o TSH. O valor deve estar embutido no disco e deve ser alto. Esse teste HPV é feito neste momento, antes da terapia, e eu já sei mais ou menos como será a evolução desse paciente. Quando a tireoglobulina está alta, a tireóide fica meio que estimulada e acaba subindo um pouco mais se tiver algum resquício de ter sido tirado de ano ou algum resquício de câncer. Essa tireoglobulina fica estimulada e se ela estiver perto de 20, 30 ou até acima disso, esses pacientes têm um risco maior de ter alguma recidiva. Já se a tireoglobulina estiver baixa antes do iodo, a evolução desses pacientes é excelente.
Após a radioterapia, o paciente volta a tomar hormônio e a gente faz o que chamamos de terapia, para ir voltando mais hormônio do que a pessoa precisa, às vezes até chegar a sentir sintomas. Quando isso acontece, de 2 a 12 meses em termos de hipertiroidismo (uma agitação, perda de peso, tremores, palpitações), a gente reduz a dose até uma dose que seja mais tolerada pelo paciente. Mas saiba que mesmo assim, o paciente fica um pouco com o hipertiroidismo. O TSH deve ficar entre 0,1 ou até menor do que isso. Quando o TSH está desse jeito, bem baixo, a tendência é que a tireoglobulina também fique baixa. Após todo tratamento, já pode ficar zerada; isso é o que a gente chama de resposta completa ao tratamento. Essa paciente vai evoluir muito bem e as chances da doença voltar são bem baixas.
Isso vai depender, claro, do risco que ela tinha antes de operar e que a biópsia mostrou; até mais informação se ele era um risco baixo, intermediário ou alto. Então, se a tireoglobulina não ficou zerada, ficar entre 0,1 e 1 é o que a gente chama de resposta indeterminada. Ou mesmo se a tireoglobulina subiu, esses pacientes não temos muito como dizer como será a evolução. Se a tireoglobulina subir, a gente deve investigar com exames de imagem, como ultrassom ou até a cintilografia, e procurar se às vezes a gente não detecta; isso é o que a gente chama de resposta bioquímica incompleta. Quando a tireoglobulina sobe e você não acha nada de doença, não há motivo para desespero, porque a maioria dos pacientes escapa muito bem. Essa tireoglobulina estava alta e na verdade ela estabiliza até cair; nem sempre aparece alguma doença, mas às vezes até agora ela sobe e ao mesmo tempo o ultrassom detecta um nódulo no pescoço que é o que a gente chama de recidiva estrutural, um nódulo que tenha realmente a doença deve ser posicionado e posteriormente cooperado pra ser reoperado.
Após o tratamento, nos casos que têm recidiva, essa paciente tem uma tendência a que a doença volte de novo e de novo, é uma doença que tem esse comportamento de recidiva, então infelizmente é manter o segmento, manter a calma, seguir em frente e saber que isso faz parte da própria vida e viver a vida. Afinal, a maioria dos pacientes capta câncer de tireóide é altamente curável, dificilmente você vai morrer de câncer de tireóide. Claro, tem casos que mesmo com todo tratamento do mundo, a doença vai incentivar e vai invadir, vai espalhar para os pulmões, para os ossos, mas graças a Deus isso é bem raro, mas os pacientes escapam.
Então, é isso. Peça a tireoglobulina antes do iodo e até o T4 livre. Na maioria das vezes, todas as consultas, eu sempre peço a cada seis meses ou uma vez por ano e se a tireoglobulina começar a subir, não se desespere, porque às vezes quando a gente diminui a dose do hormônio ou quando a pessoa não faz uso adequado do hormônio, a tireoglobulina sobe mesmo. O hormônio é uma forma de fazer com que a tireoglobulina caia. Se você não está tomando remédio direito, o que vai acontecer é isso: ela já vai subir e atingiu a coluna vai subir também, atrapalhando até a nossa própria avaliação, achando que a doença voltou. Mas na verdade, é só o tratamento que não está sendo bem feito.
Fonte: Tireoglobulina e o câncer de tireóide | Dr Jônatas Catunda por Dr Jônatas Catunda – Cirurgia de cabeça e pescoço