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Bebê que fez cirurgia no útero da mãe: acompanhe sua recuperação

Ano novo, vida nova para uma família brasileira

É mais ou menos isso que está acontecendo: a pequena Maria Alice tinha um problema sério e precisou operar ainda na barriga da mãe. Mas esse drama teve um final feliz. Maria Alice tem quatro meses, é uma bebê risonha e tranquila. Não fosse a cicatriz no final da coluna, nem daria para perceber que ela passou por uma cirurgia delicada em maio deste ano, na metade da gravidez.

Da Luciane, a mãe da Maria Alice, veio o diagnóstico: a bebê tinha mielomeningocele. Eu descobri o diagnóstico da informação na coluna de energia durante uma coreografia morfológica de 22 semanas e eu quem muito arrasada.

Em uma situação normal, durante o primeiro mês de gestação, os dois lados da espinha dorsal se fecham sobre a medula espinhal. A coluna vertebral protege a medula, impedindo que elas sofram quaisquer tipos de danos. Mas a doença mielomeningocele, também conhecida como espinha bífida aberta, é uma malformação congênita da coluna vertebral da criança, em que as meninges, a medula e as raízes nervosas ficam expostas, causando hidrocefalia, ou seja, o acúmulo de fluidos no cérebro. São graves as consequências.

Ela poderia ter problemas de imediato: colocação de válvula na cabeça para poder drenar líquido do cérebro. Ela poderia ter PT torto congênito. Ela poderia ter ou não ter mobilidade abaixo dos joelhos, não mexer os pezinhos, mexer os dedos dos pés. Da cidadela na cadeira de rodas, não conseguia andar.

Para impedir que isso acontecesse, só mesmo uma cirurgia intra-uterina, ou seja, com o bebê ainda dentro do útero. Mas a ginecologista alertou: o procedimento não poderia ser feito em Brasília.

“Ela falou: ‘Luciane, existe uma cirurgia que é feita em São Paulo, não é feito em Brasília e eu tenho contato do médico. Se você quiser, eu te marco com ele pra você…’. Ela fez todo esse trâmite pra gente e em três dias a gente estava em São Paulo contando com ele”, diz Luciane.

Luciane marcou a cirurgia, mas o plano de saúde não autorizou a intervenção. São cerca de R$ 180 mil reais, muito caro para a família da administradora de empresas de 34 anos. Drama que não dava para esperar muito, era preciso superar o quanto antes. A única solução que ela viu foi recorrer à Justiça.

Desta vez, a Justiça foi rápida e mandou que o plano de saúde cobrisse o procedimento. Mesmo assim, a autorização da cirurgia demorou quase uma semana para sair e eu tive que ficar em São Paulo aguardando essa liminar, sob forte pressão. A cirurgia aconteceu sem nenhum problema. O restante da gravidez foi de repouso absoluto.

Em agosto deste ano, cinco semanas antes do prazo normal, a bebê nasceu. “A gente não tinha certeza de nada. Nem a partir do momento que eu decidi fazer a cirurgia, não tinha certeza se a Maria Alice não seria bem, se ela teria alguma sequela. Então eu fiz e na esperança e na fé de que daria certo”, lembra Luciane.

A belazinha Maria Alice chegou ao mundo com peso e medidas normais. Ela tem agora quatro meses, é uma bebê linda e saudável. Mesmo assim, a família mantém uma rotina rígida de exames.

“A gente faz acompanhamentos com vários profissionais, com vários médicos, e ela sente se desenvolvendo perfeitamente bem. A cirurgia salva-vida da Maria Alice vai dar qualidade de vida para ela com certeza”, diz Luciane.

Fonte: Veja como está a bebê que passou por cirurgia ainda no útero da mãe por Domingo Espetacular