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Avaliação do potencial genotóxico de nanocomplexos de losartana e metais de transição

Olá! Hoje iremos apresentar o projeto de iniciação científica intitulado: Avaliação do potencial genotóxico de nanocomplexos de losartana e metais de transição. Nós, João e Cynthia, somos alunos de farmácia orientados pelo professor doutor Leonardo Meneghin Mendonça.

A losartana é um medicamento indicado para o tratamento da hipertensão arterial, sendo pertencente à classe dos antagonistas dos receptores de angiotensina. Entretanto, vários outros estudos têm mostrado que outros medicamentos que são dessa mesma classe possuem ações diferentes, por exemplo, impedindo o desenvolvimento de tumores ou fortalecendo o sistema imunológico. O losartanato de ródio é um nanocomplexo que foi capaz de reduzir a produção de óxido nítrico, que é um importante modulador inflamatório, demonstrando ser um benéfico auxiliador para o organismo no combate a determinados microrganismos invasores.

Só que alguns nanocomplexos podem acabar induzindo efeitos tóxicos ao nosso DNA, provocando mudanças na estrutura ou até na função dessas moléculas. Consequentemente, isso pode levar ao acúmulo de mutações e ao aumento no risco de desenvolvimento de algum câncer. Logo, o Ensaio do Cometa pode ser usado para investigar se um agente químico específico possui certo potencial genotóxico. O uso da eletroforese se torna indispensável junto as lâminas contendo células que foram preparadas utilizando diversas soluções diferentes.

Os pesquisadores da UFJF-GV já haviam sintetizado e caracterizado quimicamente vários nanocomplexos de losartana, acumulando dados acerca das potenciais atividades biológicas desses materiais. Então o objetivo desse trabalho foi: avaliar a toxicidade de complexos formados pela losartana e por metais de transição, investigar a capacidade de induzir danos ao DNA de células de mamíferos in vitro e aperfeiçoar as técnicas de procedimentos de manutenção de células em cultura e do ensaio de genotoxicidade.

Células do tipo macrófago de mamíferos roedores foram descongeladas e transferidas para um tubo, onde elas receberam uma quantidade de uma mistura contendo nutrientes e outros componentes importantes. Em seguida, foi feita uma centrifugação dessas células contidas no tubo, numa temperatura de 4 graus Celsius a 1500 rotações por minuto, durante 10 minutos.

Depois, essa mistura antiga foi descartada e uma nova quantidade foi acrescentada. Com isso, as células foram ressuspendidas. Por último, houve a transferência dessa mistura para uma garrafa de cultivo de tamanho médio, sendo levadas a incubadora.

Após 48 horas, a mistura antiga foi descartada e trocada por uma nova quantidade da mistura e após alguns dias, com a cultura atingindo uma grande quantidade de células na garrafa, elas foram desprendidas do fundo do recipiente sendo transferidas para duas novas garrafas.

Infelizmente as culturas celulares se mostraram instáveis, apresentando contaminação por fungo a cada novo descongelamento e manutenção periódica. Não houve, então, o crescimento e desenvolvimento das células em tempo hábil. Foram feitos quatro congelamentos e dezenove garrafas no total.

Ensaios testes foram realizados e demonstraram um ótimo utilidade perante células que não estavam em boas condições, indicando que não foi necessário aperfeiçoamento da técnica. A verificação das condições ambientais e testes experimentais são realizados para identificar e analisar as causas de tal fenômeno, sendo continuamente feitos até o momento para o prosseguimento do Ensaio do Cometa. Obrigado!

Fonte
UFJF/SEMIC – Avaliação do potencial genotóxico de nanocomplexos de losartana e metais de transição por JOÃO LUCAS