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Avaliação de trauma torácico: dicas práticas

Esse é um tema muito importante, principalmente no pronto atendimento. Pacientes vitimas de quedas de bicicleta, acidentes automobilísticos, traumas na escada ou quedas da própria altura chegam todos os dias nas emergências, portanto, é extremamente importante ter habilidade na sequência de atendimento para casos de politraumatismo.

Os politraumatizados podem ter diversas lesões, desde escoriações até traumas torácicos graves, como torax instável, trauma torácico abdominal, trauma raquemedular, choque hipovolêmico, fraturas expostas entre outras. É importante fazer uma avaliação completa do paciente e seguir a sequência ABCDE.

Divide-se o trauma torácico em três regiões: região do esterno no primeiro e segundo arcos costais, terceiro até o sétimo arcos costais e a região mediana do tórax e transição tóraco-abdominal.

A região superior do tórax que compreende os dois primeiros arcos costais, pode apresentar problemas como fratura de árvore respiratória, perfuração da traqueia, lesões cardíacas, lesões de vasos da base, entre outros. É importante pensar na via aérea e, muitas vezes, o paciente precisa ser intubado para controle. Também pode haver lesões cardíacas como tamponamento cardíaco e contusão pulmonar. Lesões de vasos da base, como a lesão de artéria pulmonar e de aorta, são complicações bastante graves e, muitas vezes, fatal.

Na região média do tórax, do terceiro até o sétimo arco costal, algumas complicações podem surgir, como fraturas de três ou mais arcos costais, pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, hemotórax maciço e contusão pulmonar. É importante diferenciar o que o paciente está apresentando, pois o tratamento inicial é diferente para cada complicação.

Na região inferior do tórax, na transição tóraco-abdominal, os órgãos intra-abdominais ficam protegidos pelos arcos costais, como o fígado, passo e rins. É importante atentar-se sempre para possíveis ferimentos nesses órgãos e também a ruptura do diafragma.


Em resumo, é importante dividir o raciocínio clínico em três partes: tórax superior, médio e inferior para facilitar a compreensão e o direcionamento do atendimento. O trauma torácico é uma condição grave e é necessário ter conhecimento e habilidade na sequência de atendimento a fim de oferecer um tratamento eficiente e adequado ao paciente.

Fonte: ASSIM FICA FÁCIL AVALIAR TRAUMA TORÁCICO por Médico na Prática