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Autismo na fase adulta: diagnóstico e informações com Tio Faso e Instituto Farol

Olá, meu nome é Evelyn e tenho 31 anos. Acredito que eu tenha Asperger, uma forma mais branda de autismo.

Como descobri? Um dia, durante a gravidez do meu filho, minha esposa fez um exame e eu peguei o carro para buscá-la. Era um dia da conscientização mundial do autismo e, ao chegar no carro, começamos a conversar sobre o tema. Foi quando ela me perguntou se eu achava que poderia ser autista.

No começo, resisti à ideia. Neguei ser autista e achei que ela estava exagerando. Mas, aos poucos, comecei a pesquisar sobre o assunto e vi que muitos dos meus comportamentos e dificuldades se encaixavam no espectro autista.

Fui então à uma consulta com uma psiquiatra que tinha experiência em autismo. Ela me fez diversas perguntas e, no fim, me deu um pré-diagnóstico de autismo. A partir daí, fui encaminhada para mais sessões e exames, até que meu diagnóstico foi confirmado.

Hoje em dia, vejo que estar no espectro autista não é algo ruim ou que me define integralmente, mas sim uma parte de mim. Aprendi a lidar com minhas dificuldades e a valorizar minhas habilidades. E descobri que há muitas outras pessoas que, assim como eu, também são autistas e compartilham das mesmas experiências.

Uma coisa que percebo é que, muitas vezes, tenho dificuldades em me adaptar a certos ambientes e conversas. Não sou muito boa com papos cotidianos ou assuntos que não me interessam. Preciso de tempo para entender a dinâmica de funcionamento de um grupo antes de me aproximar. E, mesmo assim, ainda posso ficar perdida em meio a conversas sobre esportes, por exemplo.

Enfim, ser autista não é fácil, mas também não é o fim do mundo. É uma parte de quem eu sou e, com o tempo, aprendi a lidar melhor com isso. E se você também está passando por algo parecido, saiba que não está sozinho.

Fonte: Descobrindo o Diagnóstico de Autismo na fase adulta – com Tio Faso – Instituto Farol – EP#206 por Dr. Thiago Lopes Desenvolvimento Infantil |Autismo