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Aumento da incidência de câncer colorretal em jovens


Bom dia para você! Novamente, bom dia! Para você que acordou bem cedo hoje, no domingo, que bacana ter a sua companhia. Hoje vamos falar sobre saúde. Um estudo feito nos Estados Unidos com dados de mais de 490 mil pessoas mostrou que os jovens de hoje têm um risco muito maior, que os jovens do passado, de ter a doença. No Brasil, não há dados tão precisos, mas um levantamento do A.C. Camargo Cancer Center mostrou um panorama preocupante. De 1.167 pacientes diagnosticados entre 2008 e 2015 com câncer colo-retal, 20% têm menos de 50 anos. O paciente mais jovem tinha 23 anos.
E para falar sobre esse assunto e sobre essa crescente onda de câncer colorretal em pessoas mais jovens, que é um público até então diferente daqueles que os médicos contemplavam com esse tipo de problema, eu estou com o cirurgião da Gastroclínica Cascavel, Dr. Gustavo Togo. Bom dia, tudo bem?
Obrigada por estar aqui conosco mais uma vez e agradeço ao Dr. Gustavo que estuda muito e pesquisa muito sobre esse tipo de problema, então ele está aqui hoje para ajudar a gente a entender, por exemplo, porque uma doença, Dr. Gustavo, que era predominantemente de pessoas com mais idade, pessoas mais velhas, hoje está se tornando uma realidade no público mais novo. Por que está acontecendo?
Em primeiro lugar, é um assunto que está sendo muito debatido no mundo todo, porque essa crescente ela vem acontecendo em todos os países, principalmente nos países industrializados. E isso, talvez, um fator que justifique e explique esse problema, são os hábitos de vida. Nas últimas duas décadas, têm mudado radicalmente, principalmente o aumento da obesidade, o aumento do tabagismo e do consumo de álcool entre os jovens. Isso são fatores de risco para essa doença e têm muita relação. Outro dado importante é a história familiar. Quando algumas doenças têm fatores genéticos e também implicam no aparecimento em pacientes mais jovens, como diz que a gente vem debatendo.
Para a gente entender até melhor essa doença, Dr. Gustavo, como começa? Quais são os sintomas? Existe ainda aquela recomendação em relação à idade, porque agora me parece que isso não é muito coerente e o jovem já tem que desconfiar quando tem determinado sintoma?
Após a explicação do Dr. Gustavo, podemos entender que essa doença começa, em 80% dos casos, através de uma pequena lesão que é chamada de pólipo. Essa lesão vai se transformar em câncer. Essa lesão normalmente acontece é por fatores genéticos e fatores ambientais. Normalmente, quando a lesão é bem pequenininha, ela é assintomática, então a pessoa não sente absolutamente nada. A maioria das pessoas não têm sintomas no início da doença, e com o passar do tempo, elas começam a apresentar dor abdominal, podem apresentar sangramento nas fezes e perder peso, uma fraqueza sem explicação.
E quanto à recomendação de idade, o Dr. Gustavo explicou que ela não é coerente e que qualquer pessoa pode começar a apresentar sintomas. Por isso, é preciso estar atento aos sintomas de alerta, como sangramento nas fezes, dores abdominais, perda de peso e alteração do hábito intestinal.
E quais são os jovens que têm histórico familiar? E aqueles que não têm histórico familiar, como eles devem se prevenir?
O Dr. Gustavo explicou que o paciente que tem histórico familiar, uma regra que se impõe é que se vá procurar o atendimento médico dez anos antes mais cedo que um familiar que teve o câncer. Mas para aqueles que não têm histínico familiar, é necessário ficar atento aos sintomas de alerta e procurar o médico o mais cedo possível.
E com relação ao tratamento direcionado indicado para os jovens com câncer colorretal e essa questão sem especificidade, que tudo ainda é muito novo, como é feito?
A probabilidade de cura, quando diagnosticado em jovem ainda no início, é grande. O tratamento é bem semelhante ao de qualquer câncer em qualquer idade, mas a diferença é que o câncer de jovens normalmente é muito mais agressivo do que nos idosos.
Essas informações são importantes e se você tiver alguma dúvida, pode acessar o nosso portal Mentes Inovadoras. Lá, na lupa de pesquisa, você digita “câncer colorretal” e tem muitos vídeos e médicos falando sobre isso.
É isso aí, não peque por falta de informação. Vá atrás, informe e fale com os jovens e a família, principalmente se houve algum caso de câncer entre os membros da família.
E agora, vamos dar um rápido intervalo comercial, mas na sequência, vamos falar sobre prevenção do câncer infantojuvenil. Vamos conversar com a psicóloga Deum Abate, que vai falar sobre como o jovem deve fazer o enfrentamento ao diagnóstico do câncer.
Fonte: Incidência de câncer colorretal aumenta entre pessoas mais jovens por Medicina & Saúde