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Olá pessoal, no vídeo de hoje vamos falar sobre um assunto extremamente importante que são os primeiros sinais do câncer de pele, os elementos que vão nos propiciar um diagnóstico precoce, que sabemos que em medicina, diagnóstico precoce sempre facilita o tratamento. Aqui falando em câncer de pele, isso é ainda mais verdadeiro porque, independente do tipo de câncer de pele, quando identificado precocemente, a taxa de cura do tratamento é de praticamente 100%. Então, a gente sempre tem que pensar em prevenção e depois num segundo momento em como identificar precocemente, porque dessa maneira, a gente consegue resolvê-lo de maneira permanente.

Antes de a gente conversar, você deve lembrar que o nosso canal fala de dermatologia, de cuidar dos cabelos e cuidados com a pele. Então, se você se interessa nesses assuntos, não deixe de se inscrever porque toda semana a gente tem conteúdo novo aqui no canal.

Quando a gente fala em câncer de pele, estamos falando de um grupo diferente de tipos de cânceres. Na pele, a gente tem basicamente os cânceres melanoma e os cânceres não-melanoma. Os cânceres melanoma são responsáveis por mais ou menos 3% dos cânceres de pele e os não-melanoma por basicamente o restante. Nesse grupo de não melanoma, o carcinoma basocelular corresponde a mais ou menos 80-85% dos cânceres de pele e o carcinoma espinocelular em torno de 15-20% dos cânceres de pele.

Cada um desses tipos de tumor de pele vai ter características diferentes. Começando pelos tumores não melanoma, é muito mais frequente e, infelizmente, muito menos agressivos. A capacidade desses tumores de se espalharem para o restante do corpo, o que chamamos de metástase, é muito menor do que o melanoma. Porém, eles podem ter um avanço local e é importante que eles sejam identificados e tratados precocemente.

Como é que essas lesões se manifestam? Claro que há uma variabilidade, mas, principalmente, se você vir lesões mais elevadas, bolinhas rosadas em que os vasinhos de sangue são mais evidentes, muitas vezes tem uma área central que forma uma feridinha, a formação de crosta que uma pessoa residência fica, isso com uma ferida que não cicatriza ou como uma espinha que não melhora. Sempre que você tem uma ferida, por exemplo, olha, depois de algumas semanas, até no máximo, ali, poucos meses, ela tem que cicatrizar. Então, uma ferida que permanece por um período maior, ela é suspeita. Do mesmo modo, uma espinha na pele também: se ela tem um período além de inflamação, ela não melhora e surge em outro lugar, claro que no adolescente, um adulto jovem, mas principalmente uma pessoa mais velha com uma espinha que permanece, principalmente em áreas que já são expostas ao sol, isso levanta a suspeita de um câncer de pele.

E digo isso porque é muito frequente às vezes, a pessoa não procurar auxílio médico, achar que é uma feridinha, uma espinha que não melhora e vai protelando. Então, se você tem esse tipo de situação, não deixe de procurar ajuda médica, talvez não seja nada, talvez não seja nenhum problema, mas talvez seja um tumor de pele não melanoma numa fase inicial. Às vezes, lesões crostosas mais elevadas também devem ser avaliadas. E se for o caso, o médico procede ali, no exame, uma pequena biópsia e define se é um câncer de pele ou não.

Quando a gente fala do melanoma, o melanoma é aquele tipo de lesão que parece uma pinta, uma com aquelas pontas que a gente tem no corpo que são comuns. O melanoma é semelhante a essas pintas. Agora, qual é a diferença ou quais são os sinais que você deve ficar atento para pensar na possibilidade de melanoma? Felizmente, a maioria das pintas são benignas, não têm nenhum problema, mas o melanoma, numa fase inicial, ali pode gerar uma certa confusão e, para isso, a gente tem a regra do ABCDE, que são elementos associados às características das pintas.

A primeira delas é o A de assimetria. Quando você avalia a lesão globalmente, é como se você fosse fazer um corte de pizza e percebe que as partes, os pedaços, não são semelhanças. Eles são diferentes, são assimétricos. Então, isso é um elemento que levanta a suspeita de melanoma. O B de bordas com irregularidade, quando as bordas são muito oscilares, também, isso levanta suspeita. A de cor geralmente, as pintas mais benignas, elas têm uma ou duas tonalidades de cor. Quando você tem uma lesão que tem múltiplas tonalidades, é marrom enegrecido, azul acinzentado, múltiplos tons na mesma lesão, leva uma suspeita de melanoma. O D de diâmetro: lesões menores são menos suspeitas, lesões maiores são mais preocupantes e aí que a gente considera as lesões acima de 6mm como lesões suspeitas. E o E de evolução: se você percebeu que você tem alguma pinta e ela está mudando de aspectos rápidos ao longo de meses, aí você teve uma mudança no aspecto da pinta, é importante você avaliar.

Claro que nenhum desses elementos isoladamente define o diagnóstico de melanoma e que tem pintas aí que têm algumas dessas características, não precisa entrar em pânico, mas são elementos que levantam suspeitas indicam. Então, vale a pena fazer uma avaliação. Pessoas que têm múltiplas pintas no corpo a gente tem que ficar atento porque isso é um fator de risco. Se você tem um ou outra pintinha, é bem frequente, mas tem pessoas que têm múltiplas e essas pessoas devem ficar atentas. Pessoas que têm um histórico familiar de melanoma, se você tem um parente de primeiro grau com melanoma, você deve ficar mais atento também.

E é claro que a gente falou de sinais iniciais, mas a gente não pode deixar de falar de prevenção. A maior prevenção que a gente tem é em relação à radiação solar. A gente sabe que tanto as queimaduras intensas, intermitentes podem desencadear câncer de pele no futuro, como também aquelas pessoas que têm uma exposição solar crônica no dia-a-dia, muitas vezes no trabalho, numa atividade esportiva, que às vezes não leva a uma queimadura, um problema mais agudo, mas que continuamente estão expostas ao sol. Essa ação da radiação ao longo de meses, ao longo de anos, aumenta muito o risco do câncer de pele.

Quando a gente tem essa combinação de prevenção eficaz e com atenção para identificação dos casos que eventualmente surjam, a gente vai ter uma taxa de cura muito grande. Mesmo quando a gente fala do melanoma, que é um tumor agressivo, preocupante, a gente sabe que quando tratado precocemente, o sucesso é muito grande.

Fonte: Câncer de Pele, Primeiros Sinais – Dr. Paulo Müller Dermatologista. por Dr. Paulo Müller