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COVID-19: Descubra a Geografia Visual do Coronavírus

Oi, oi! Eu sou o Adriano, do Geografia Visual, e nesse vídeo vamos entender o que está acontecendo com esse coronavírus, também chamado de COVID-19. Essa doença surge na China, mais precisamente na cidade de Wuhan, que tem mais de 11 milhões de habitantes. Ela começa a aparecer ainda em dezembro de 2019 a partir do consumo de carne de animais selvagens. É interessante notar que essa doença começa a se proliferar de forma muito rápida porque a prefeitura de Wuhan demorou a tomar a iniciativa de bloquear a doença, numa tentativa de abafar o que estava acontecendo. Isso foi um grande erro, pois o coronavírus é altamente contagioso e pode ser transmitido mesmo que a pessoa não tenha sintomas aparentes.
O período de incubação da doença é de 14 dias e mesmo durante a incubação, sem que a pessoa manifeste sintomas, essa doença acaba se espalhando. Então, em pouco tempo, Wuhan já tinha atingido boa parte da população e o vírus começou a se espalhar por toda a China. Pouco tempo depois, em janeiro de 2020, a doença se alastra da Ásia em direção à Europa, e a França é o primeiro país europeu a ter casos confirmados.
No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS), que já estava acompanhando essa epidemia, eleva o nível de emergência mundial do coronavírus para pandemia. Mas qual a diferença entre pandemia e epidemia? Pandemia é uma epidemia que se alastra simultaneamente por várias regiões do mundo, não tem nada a ver com o índice de letalidade de uma doença. Muita gente confunde isso e acha que pandemias são doenças que matam muitas pessoas, mas não é esse o conceito. O conceito é o alcance da doença. Quando eu tenho uma doença atingindo, como o coronavírus está atingindo agora todos os continentes do mundo, com exceção da Antártida, e metade dos países do mundo, aí sim nós temos uma pandemia.
O Banco Mundial fez um estudo sobre o impacto desses eventos pandêmicos na economia e chegou à conclusão de que uma pandemia como a do coronavírus pode ter uma significativa retração de 5% na economia global. No caso do coronavírus, que apareceu na China, é importante observar que a China, como grande produtora e industrial, teve uma retração na produção. Se ela está produzindo menos por conta do enfrentamento dessa doença, logo ela está comprando menos matéria-prima, o que afeta todo o mundo, inclusive o Brasil, que exporta bastante coisa para a China.
Outro dado interessante sobre a letalidade do coronavírus é que apenas 3.7% da população contaminada acaba morrendo. Esse índice de letalidade não é tão alto quando comparado a outras doenças. Por exemplo, a SARS em 2002 tinha uma letalidade de 10%, a MERS que ocorreu em 2012 matou 35% das pessoas que adquiriram essa doença, a febre amarela tem uma letalidade de 26%, e a dengue de 3.8%. Comparando com uma gripe comum, o coronavírus tem uma letalidade um pouco maior, com 0.2%. O grande problema do novo coronavírus é a facilidade com que é transmitido, mesmo sem sintomas visíveis.
Um ponto interessante é a diferença de letalidade em alguns países do mundo. Na China, a letalidade foi de 3.8%, enquanto na Coreia do Sul foi bem mais baixa, de 0.8%. Isso ocorreu porque a Coreia do Sul lidou com o problema de forma rápida, fazendo testagens em massa e cancelando aulas e eventos. Já na Itália, a letalidade foi muito alta, de 6.87%, e no Irã, de 4.2%. É importante destacar as diferenças demográficas entre o Brasil e esses países. Enquanto a Itália tem uma população idosa expressiva, o Brasil, mesmo com uma população de idosos crescendo, ainda não tem uma população idosa tão grande proporcionalmente.
Além disso, é importante observar a evolução da doença. Em países onde a doença se espalha rapidamente, como na China e na Itália, há um pico de infectados muito cedo e uma escassez de leitos nos hospitais. Já em países como a Coreia do Sul, as medidas rápidas de vigilância e controle da doença fizeram com que a curva seja mais suave e o pico de infectados aconteça mais tarde.
Essa análise demográfica ajuda a entender melhor a situação de cada país e como o coronavírus pode se manifestar de forma diferente em cada lugar. É importante que cada país tome medidas adequadas à sua realidade demográfica e tome precauções para evitar a rápida propagação do vírus.
Espero que essa explicação tenha sido útil e ajude a entender a relação entre a geografia e o coronavírus. É fundamental que todos se cuidem e que enfrentemos essa doença da melhor forma possível, evitando aglomerações e tomando todas as medidas necessárias para proteger a nossa saúde e a saúde daqueles ao nosso redor. Um abraço e até mais!

Fonte: Geografia do Coronavírus COVID-19 | Geografia Visual por Geografia Visual