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Aula em vídeo sobre Cariologia para estudantes e profissionais da área.

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Hoje vamos conversar sobre os microorganismos e sua capacidade cariogênica. Em se tratando de microorganismos, a sua virulência é definida como a capacidade de um microorganismo de superar os mecanismos de defesa do hospedeiro e causar danos aos seus tecidos, sendo que a resistência do hospedeiro e os fatores ambientais também estão envolvidos como fatores intrínsecos.

Da mesma forma, a virulência dos microorganismos pode ser definida por mecanismos de aderência à cavidade bucal, capacidade de produzir ácido, capacidade de viver em meio ácido, potencial ácido úrico, formação e utilização de polissacarídeos intra e extracelulares.

Agora, vamos falar especificamente das bactérias presentes, como os Streptococcus. Os streptococcus do grupo mutans e lactobacilos são os que mais estão presentes nas lesões de cáries.

As bactérias presentes nos streptococcus do grupo mutans foram associadas à etiologia da doença devido à sua forma, mais ovalada e parecendo ser uma forma mutante de streptococcus. Essa bactéria foi denominada Streptococcus mutans devido às diferenças de violência e características de sorotipagem. A espécie Streptococcus mutans foi reclassificada em sete espécies, constituindo os streptococcus do grupo mutans, onde se destacam Streptococcus mutans, relacionado com a etiologia da cárie, e Streptococcus sobrinus, que tem provável participação do processo de cárie.

A relação entre a alta contagem dos streptococcus do grupo mutans e a alta atividade de cárie já foi estabelecida. As principais propriedades que podem ser relacionadas à sua capacidade de produzir lesões cariosas são: sintetizar polissacarídeos insolúveis da sacarose, formar ácido lático por meio da fermentação de carboidratos, colonizar superfícies dentárias, possuir capacidade de produzir ácido e apresentar maior potencial ácido úrico e capacidade de viver em ambiente ácido em relação aos outros streptococcus. Porém, atualmente se considera que não são iniciadores, mas sim envolvidos na progressão do processo carioso. Além disso, estão diretamente relacionados com a alta e frequente ingestão de carboidratos.

Agora, em relação aos lactobacilos e cárie, temos as seguintes conclusões: raramente estão ausentes na boca de adultos dentados, aumentam em número nas superfícies do esmalte e no biofilme antes do aparecimento da cárie, o aumento do número de lactobacilos na saliva precede, de três a seis meses, o aparecimento de lesões de cárie. Progridem na saliva quando há aumento na predisposição à cárie, e a ingestão de quantidades maiores de carboidratos refinados aumenta a população de lactobacilos na saliva e a atividade de cárie.

Por fim, as leveduras presentes, como as candidatos, podem estar associadas à presença de cárie, devido às suas propriedades ácido gênicas e capacidade de degradação do colágeno presente na dentina. As espécies pertencentes a esse gênero fermentam vários tipos de açúcares e participam da formação do biofilme dentário.

Fonte: Videoaula | Cariologia por PortalEducacao