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Tudo sobre Filariose: Parasitologia | Episódio 11 da Série Biokrill

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Bom, e no episódio de hoje vamos falar sobre a filariose, uma doença causada pelo parasita Wuchereria bancrofti. Vamos conhecer o mosquito Culex que transmite a doença, os sintomas e as formas de prevenção. Não se esqueça de se inscrever no canal!

No episódio de hoje, vamos continuar a nossa série sobre parasitologia, falando sobre uma outra doença, provocada por um verme nematoide chamado Wuchereria bancrofti, causador da filariose, comumente conhecida como elefantíase. Esse verme é dióico, ou seja, tem indivíduos machos e fêmeas. Apresenta um corpo cilíndrico não segmentado, medindo alguns milímetros de comprimento. A fêmea é ligeiramente maior que o macho e é ela que, sexualmente, abriga os vermes adultos no seu sistema circulatório. Esses vermes põem centenas de milhares de ovos, que têm uma película interna e externa e um embrião em desenvolvimento.

Os ovos são liberados na circulação do indivíduo e dão origem a uma larva, chamada L1, que se desenvolve e abandona o interior do ovo. Essa larva é liberada na circulação pelos vasos linfáticos dos animais. O vetor dessa doença, ou seja, o agente de transmissão, é um mosquito do gênero Culex, um mosquito hematófago. Quando esse mosquito pica uma pessoa contaminada, ele introduz sua secreção salivar, junto com as larvas L1, na circulação dessa pessoa. As larvas se desenvolvem e se alimentam do sangue humano. Depois de um tempo, elas retornam ao tubo digestório do mosquito, onde se nutrem do alimento ingerido pelo inseto. Após crescerem e se transformarem, as larvas abandonam o intestino do mosquito e se localizam no seu aparelho bucal.

Quando o mosquito pica outra pessoa, ele transmite a larva L1 para essa pessoa, junto com sua secreção salivar. A larva L1 ganhará a circulação dessa pessoa e começará a se desenvolver. Com o tempo, as larvas se transformam em vermes adultos e se reproduzem. Os vermes adultos liberam os ovos, que dão origem às microfilárias, que circulam no corpo humano através dos vasos linfáticos.

A filariose pode causar obstrução na passagem dos vasos linfáticos, o que provoca o inchaço e a tumefação dos tecidos. Essa obstrução ocorre principalmente nas áreas onde há uma grande quantidade de vasos linfáticos, como na região das axilas, dos membros anteriores e da virilha. Os sintomas incluem edema e aumento do tecido nessas regiões.

Para combater a filariose, é necessário fazer um tratamento com vermífugos, que combatem os vermes adultos. No entanto, as larvas microfilárias não são combatidas com esses medicamentos. A doença tem uma alta incidência no Nordeste brasileiro, onde muitas pessoas apresentam inchaço na região escrotal, devido à grande quantidade de vasos linfáticos presentes nessa região. O tratamento também inclui a prevenção da transmissão pelos mosquitos, como o uso de repelentes e mosquiteiros.

No próximo episódio, falaremos sobre a enterobiose, também conhecida como oxiurose, uma doença que causa coceira no ânus. Fique ligado!

Fonte: Filariose (Parasitologia – EP 11) | Biokrill Series por BioKrill