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Tudo sobre a Espondilite Anquilosante: causas, sintomas e tratamento.

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Importância de saber mais sobre a Espondilite Anquilosante

Olá pessoal! Soluções a todos. Quem está falando é a Sede. Nesse vídeo de hoje, vamos começar a falar sobre esse ponto crítico. Em primeiro lugar, gostaria de destacar três razões para a importância de saber mais sobre essa doença. Então, vamos lá.

A primeira razão é que a Espondilite Anquilosante é o protótipo das doenças reumáticas ou negativas. É bom saber mais sobre isso. Uma outra razão é que pode causar deformidades e déficits funcionais muito importantes para os pacientes. E a última razão é que o tratamento precoce pode reduzir esses déficits e melhorar a vida do paciente.

Então, vamos lá! A Espondilite Anquilosante é uma artropatia inflamatória crônica que compromete principalmente homens brancos entre 15 e 40 anos de idade. A grande maioria desses pacientes é HLA-B27 positivo e em 90% dos casos a doença começa com uma sacroileíte (inflamação das articulações sacroilíacas), que pode evoluir e comprometer o restante do esqueleto axial do paciente e, às vezes, o esqueleto periférico em 35% dos casos.

Tecnicamente, o paciente apresenta limitação da mobilidade da coluna e qualquer alteração do alinhamento. No entanto, os achados de imagem são mais específicos. O raio-x possui baixa sensibilidade na avaliação da atividade da doença e não ajuda muito na avaliação das alterações articulares, já que as superfícies articulares são públicas e um pouco irregulares.

Lembrando que na avaliação por raio-x devem ser feitas incidências específicas para essa doença. O primeiro sinal radiológico da doença é a esclerose subcondral, que pode evoluir para erosões ósseas, compressão do espaço articular e, mais tarde, para uma anquilose fibrosa.

A tomografia computadorizada é útil na avaliação das estruturas ósseas, mas não vê o edema ósseo, que é uma peça fundamental no diagnóstico da atividade da doença. Já a ressonância magnética é importante para o diagnóstico, pois consegue ver esse edema ósseo nas sequências STIR e T2 com saturação de gordura. Essa imagem dirá se a doença está em atividade ou não, e se existem outras alterações inflamatórias, como a capsulite e a sinovite, que não fecham o diagnóstico, mas são observadas na ressonância magnética.

Existem também alterações crônicas e estruturais que podem ser identificadas, como esclerose, osteófitos e deposição anormal de gordura devido à doença inflamatória crônica.

Após o envolvimento das articulações sacroilíacas, o resto da coluna pode ser afetado. Na coluna, são descritos vários sinais característicos da Espondilite Anquilosante, como as pontes ósseas, que são calcificações das fibras externas do ânulo fibroso que ligam uma vértebra à outra, dando à coluna um aspecto de bambu.

Outra lesão é a lesão de Romanus, que é uma irregularidade esclerótica dos ângulos vertebrais vista no raio-x e corresponde ao sinal dos cantos brilhantes ou shine córneos na ressonância magnética. Também podem ocorrer modificações nos ligamentos interesspinhosos posteriores e superiores, gerando o sinal do trilho de trem no raio-x.

Dentre as diversas complicações da doença, podemos ter a lesão de Andersson, que pode ser septicêmica (irregularidade inflamatória do espaço discal) ou devida a uma fratura por estresse através do espaço discal móvel.

É importante ressaltar que os pacientes com Espondilite Anquilosante têm maior predisposição a fraturas vertebrais devido à osteoporose e à alteração mecânica decorrente da fusão dos corpos vertebrais.

A ressonância magnética da coluna sacrococcígea é muito útil para identificar as alterações nas articulações sacroilíacas, assim como as alterações estruturais crônicas, como esclerose óssea e deposição anômala de gordura. Além disso, a ressonância magnética mostra o comprometimento das articulações interapofisárias.

Nesse estudo da coluna sacrococcígea, conseguimos identificar as alterações inflamatórias agudas, como o edema ósseo e as alterações estruturais crônicas, como a esclerose óssea e a deposição anômala de gordura.

Em resumo, a ressonância magnética é fundamental para o diagnóstico e avaliação da atividade da Espondilite Anquilosante. É importante incluir sequências específicas para as articulações sacroilíacas para uma avaliação correta.

Espero que tenham gostado dessa explicação sobre a doença. Qualquer dúvida, deixe nos comentários. Até a próxima!

Fonte: Espondilite Anquilosante por Radiologia Ortopédica – Prof. Rodrigo Aguiar MD