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Tudo que você precisa saber sobre a atualização em herpes genital

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Boa tarde para vocês!

É um imenso prazer estar com vocês na tarde de hoje aqui no TV Mulher. No programa de hoje, responderei às dúvidas enviadas por telespectadores a respeito do vírus do herpes genital.

Uma dúvida comum é se o herpes, além de ser transmitido através do beijo, também pode ser transmitido por via genital. Conforme expliquei no programa sobre o vírus, ele possui dois subtipos, o HSV-1 e o HSV-2.

Até algum tempo atrás, achava-se que o HSV-1 era o agente causador do herpes labial, afetando principalmente a face e as regiões expostas à luz solar. Enquanto o HSV-2 era responsável pelo herpes genital.

No entanto, hoje em dia já se sabe que o HSV-1 também pode ocasionar herpes genital, sendo que a via de contaminação seria através do sexo oral, quando o indivíduo possui lesões na boca ou nos lábios.

O HSV-2 é o principal agente do herpes genital, sendo responsável pela maioria dos casos. Enquanto o HSV-1 é responsável por apenas alguns casos.

A pessoa se expõe ao vírus através do contato com lesões ulceradas ou vesículas. Após a exposição, a doença pode se manifestar após um período variável de tempo, sendo que a média é de sete dias.

O quadro clínico é mais intenso na primeira manifestação do vírus. Normalmente, são precedidas de sintomas subjetivos, como vermelhidão, dor, coceira e ardência. Também surgem vesículas agrupadas, que duram de 4 a 5 dias e depois se rompem.

Além disso, podem ocorrer febre, dor de cabeça, mal-estar, dores musculares e gânglios aumentados de tamanho na região inguinal.

Já nas infecções recorrentes, o quadro clínico é menos intenso do que na primeira infecção. Tanto no herpes labial como genital, não há cura, o que faz com que tenhamos infecções recorrentes.

Uma vez que o vírus fica latente no organismo sem proporcionar sintomas, ocorrem períodos em que ele se manifesta, ocasionando infecção novamente.

Sabe-se que o quadro clínico do herpes genital, quando ocasionado pelo HSV-1, é bem mais brando do que quando causado pelo HSV-2.

Vale lembrar aqui a importância do pré-natal na gestante, uma vez que a presença do vírus pode levar a complicações pós-parto muito graves, tanto para a mãe como para o recém-nascido, uma vez que o herpes pode ser transmitido pelo parto vaginal quando a gestante está infectada.

Além dos exames convencionais para o diagnóstico do herpes, hoje podemos contar com um exame mais preciso, a sorologia específica para o HSV-1 e HSV-2. Esse exame deve ser pedido principalmente para grávidas, uma vez que o herpes é uma doença sexualmente transmissível.

Vale lembrar a importância da prevenção com o uso do preservativo.

Antes de terminar, quero deixar claro que existem outras patologias e doenças que podem ocasionar úlceras genitais, não sendo apenas o herpes o responsável. Apesar de ele ser a principal causa de úlcera vulvar, outras doenças, como o cancro mole e a sífilis, podem causar lesões semelhantes.

Muitas mulheres, na presença de úlceras genitais, acabam se automedicando, usando cremes e pomadas sem buscar um tratamento adequado. Isso pode agravar a lesão e dificultar o diagnóstico.

Assim, é importante procurar um médico ao apresentar úlceras genitais. Ele poderá fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento adequado.

Resumindo tudo que foi falado, o herpes não tem cura após a infecção primária, ele fica latente no organismo. Então, mesmo sem sintomas, o vírus está presente na pessoa, podendo ser reativado por diferentes causas e ocasionando infecção novamente.

A forma de contágio inclui o herpes labial (beijo, copos, talheres, toalhas, roupas) e o herpes genital (contato íntimo, objetos, roupas, toalhas e banheiro).

Espero que tenham gostado do programa de hoje. Tenham uma ótima semana e não se esqueçam de cuidar do seu corpo, o maior instrumento que temos.

Até breve!

Fonte: ATUALIZAÇÃO EM HERPES GENITAL por Marcia Silva