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Tudo o que você precisa saber sobre o funcionamento da raquianestesia

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E aí, meus amigos, minhas amigas! Se você não me conhece, sou o doutor Tiago Amorim Soares e decidi fazer esse vídeo aqui falando sobre raquianestesia.
A raquianestesia é uma modalidade de anestesia muito utilizada hoje em procedimentos como cesáreas, cirurgias nos membros inferiores, pernas e pés. Essa região próxima ao umbigo para baixo é onde essa técnica é aplicada, e a razão pela qual utilizamos a raquianestesia é porque ela é feita com agulhas muito finas. É apenas uma agulha que parece um fio de cabelo de tão fina que é. Com essa agulha ultra fina, é possível perfurar a região das costas até chegar bem perto da medula de forma segura. Quando se chega nesse líquido ao redor da medula, o anestésico local é injetado de forma lenta para banhar toda a região. Isso é a raquianestesia.
O anestésico injetado fica na medula nas costas e trabalha para realizar a anestesia da região abaixo desse ponto. Já a peridural, que utiliza uma agulha um pouco mais grossa, não vai tão longe. Ela vai para uma região fora da medula e mais anestésico local é injetado nessa parte externa, que gradualmente se espalha. Portanto, a peridural realiza uma anestesia em faixa, enquanto a raquianestesia só atinge a região abaixo da coluna vertebral.
A decisão de qual anestesia é melhor para cada paciente é feita pelo anestesista, levando em consideração diversos fatores. Alguns pacientes podem chegar com a preferência por peridural, mas o médico pode julgar que a raquianestesia é mais indicada para aquela cirurgia específica ou para o hospital em que o procedimento será realizado. É fundamental ouvir a opinião do anestesista, pois ele é o profissional capacitado para tomar essa decisão.
Antigamente, as agulhas utilizadas na raquianestesia eram mais grossas, e o paciente precisava ficar parado durante o procedimento. Hoje em dia, a raquianestesia tem poucos efeitos colaterais, e o paciente pode mexer a cabeça e falar normalmente. Um efeito colateral que ainda ocorre é a cefaleia pós-raqui, que é uma dor de cabeça intensa ao levantar e melhora ao deitar. Isso acontece porque, ao realizar o furinho na coluna, pode haver vazamento de líquido cefalorraquidiano. Quanto maior a agulha utilizada, maior a probabilidade dessa cefaleia. Porém, mesmo que ocorra, isso não é culpa do paciente, mas sim uma consequência da técnica.
Durante a raquianestesia, é comum utilizar uma sedação para que o paciente durma durante o procedimento. A anestesia deixa a região abaixo da cintura formigando, mas após um tempo, o paciente não sentirá mais nada. É importante ressaltar que, em cesáreas, a mãe precisa estar acordada para poder ver o nascimento do filho.
Após a raquianestesia, a mãe precisa se deitar em uma posição que pode não ser confortável devido ao tamanho da barriga. Se ela deitar com a barriga para cima, a pressão nos vasos sanguíneos da região abdominal aumenta, o que pode ocasionar pressão baixa e até vômitos. É importante comunicar esses sintomas ao anestesista para que ele possa ajudar.
Espero que tenham gostado dessas informações sobre raquianestesia. Deixe seu like se achou o conteúdo informativo e educacional. Um grande abraço e até o próximo vídeo. Tchau, tchau!
Fonte: Como funciona a raquianestesia? por Thiago C Amorim