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Tratamento quimioterápico para cão com linfoma | Veterinário especializado | Animal Planet

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O caso de Dexter

Esse é o Dexter, ele tem sete anos e está conosco desde filhote. Eu cuido dele porque o amo muito e ele é muito obediente e esperto. Há pouco tempo, descobrimos um caroço no pescoço dele que era muito estranho. Ele foi crescendo e a cara dele ficou toda inchada desse lado. Eu comecei a ficar preocupada.

Uma opinião, o doutor Jeff. Tomara que ele possa tratá-lo e que seja rápido.

No consultório:

Eu: Qual é o problema aqui? Ele não parece muito bem.

Doutor Jeff: Uma semana atrás, a gente notou um caroço bem grande no pescoço dele recentemente. Também tem muito tecido adiposo, mas ele se espalha e pode acabar dominando tudo. Eu não tenho nenhuma dúvida no caso do linfoma, para quem tem grana aqui, a quimioterapia dá mais tempo ao cachorro, sejam três meses, um ano, variável. Eu não conheço nenhuma cor para esse tipo de câncer.

Eu: Não são boas notícias. Eu sinto muito.

Doutor Jeff: Eu tive linfoma, me disseram que eu tinha mais ou menos 80% de chance de me curar, uns 86% talvez. Existe um alto índice de cura para seres humanos, mas para os cães a coisa é bem diferente. Às vezes, os laboratórios procuram animais para testes. Eles desenvolvem tratamentos medicamentos e precisam de animais para esse tipo de câncer, para ver se eles funcionam. Não é garantido, mas não custa muito caro. Ao invés de gastar uns 10 mil dólares, a pessoa paga uns 500 dólares para o seu cachorro ter uma sobrevida de um ano e meio, ou 8 meses. Dá para pagar e pode valer a pena.

Eu: Vale a pena. A gente quer saber quais são as opções.

Doutor Jeff: Olha, eu vou pedir para vocês me darem um tempinho para eu ligar para umas pessoas. Deixa eu ver se eu consigo. Tá bom, muito obrigado. O Dexter é um exemplo da parte mais difícil do meu trabalho. A gente não consegue dar um jeito em tudo. E o Dexter tem o mesmo tipo de linfoma que eu tive. E ele participa de um tratamento experimental com quimioterapia, pode viver um pouco mais com qualidade de vida.

No telefone:

Doutor Jeff: Eu acabei de atender um cachorro que tá com linfoma. Eu queria saber se vocês estão fazendo alguma pesquisa. Os tutores não têm muito dinheiro, mas tem algum tratamento experimental para ela?

Outra pessoa: Informa o meu pai. Se esforça ao máximo. Quando recebe um paciente assim, ele liga para todo mundo, para todos os especialistas que ele consiga se lembrar, para saber se tem opções.

Doutor Jeff: Claro. E você sabe qual é a média de expectativa de vida para esse protocolo?

Outra pessoa: Muito bem, como você é. Muito obrigado. Eu agradeço. Tchau, tchau.

Doutor Jeff: Eu falei com o pessoal da Universidade do Colorado. Disseram que tem um medicamento para o tipo de câncer do Dexter. Ele está na lista de espera. Vamos torcer para ser chamado logo e melhorar rápido.

Eu: A gente pode tentar um medicamento chamado Prednisona. Ele diminui o tumor drasticamente, mas não elimina por completo.

Eu: Foi o que eu tomei quando tive câncer. Só o cheiro já me dá vontade de vomitar. É um negócio horrível.

Outra pessoa: Câncer, né? Quando você ouve isso, não é legal.

Eu: Antes o cabelo do que a vida.

Doutor Jeff: No fim das contas, a forma como você trata o problema é muito importante.

Outra pessoa: Eu prefiro me manter otimista.

Eu: Não precisa se preocupar, vai dar tudo certo.

Outra pessoa: Eu tô na fase de remissão. Eu já tô entrando no meu terceiro ano. Só de pensar na possibilidade de ter que tomar isso de novo me dá ânsia de vômito.

Doutor Jeff: No caso do Dexter, ele vai ter mais tempo e qualidade de vida. É isso que importa. Não é a mesma coisa de fazer quimioterapia, de fazer o tratamento completo, mas ele vai ter mais tempo.

No consultório:

Doutor Jeff: Oi, oi, como posso ajudar? Ele veio para uma consulta de retorno. Vamos lá atrás. Vou colocar vocês numa sala e chamar o Dr. Jeff, obrigada.

Na sala de consulta:

Eu: Em um programa de tratamento experimental, ele foi aceito na hora. Então, agora ele está fazendo quimioterapia para ver se o câncer melhora.

Doutor Jeff: É, amor. Ele não teve nenhum efeito colateral negativo. Ele tá indo muito bem.

Eu: Eu me sinto abençoada. O tratamento ajudou. Olha só.

Doutor Jeff: Como vocês estão? Muito bem? E você, Dexter?

Eu: Parece ótimo. Eu lembro a cabeça dele na época.

Doutor Jeff: Eu te disse que não era nada grave.

Eu: Mas disseram que era linfoma.

Doutor Jeff: O meu pai se esforça ao máximo. Quando recebe um paciente assim, ele liga para todo mundo, para todos os especialistas que ele consiga se lembrar, para saber se tem opções.

Eu: Muito obrigado por terem voltado. Eu gostei muito de você.

Doutor Jeff: Eu agradeço. Tchau, tchau.

Em casa:

Eu: Dinha, como você está?

Dextere: Me dá um beijo.

Eu: Dinha, muito bem. Me dá um beijo.

Dextere: Muito bem.

Eu: Eu tô mimando muito, Dexter. Eu dou todo o amor que eu posso a ele. Eu dou beijos, eu dou abraços e digo que eu amo muito, muito mesmo.

Dextere: Tá bom, espera.

(silêncio)

Dextere: É isso aí.

Eu: Eu vou guardar todos os momentos do meu cachorro no coração.

Dextere: Me dá um beijinho.

Eu: Muito bem, Dinha.

Dextere: Me dá um beijinho.

(música)

Fonte: Cachorro com linfoma inicia tratamento quimioterápico | Veterinário das montanhas | Animal Planet por Animal Planet Brasil