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Tratamento para epilepsia: tudo que você precisa saber

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Cirurgia da Epilepsia

Olá! Se você quer saber mais sobre a cirurgia da epilepsia e como é possível tratar a epilepsia por meio de uma cirurgia, fique até o final desse vídeo!

O Dr. Victor Cedo, neurocirurgião especialista em cirurgias de epilepsia e neurocirurgia funcional, da Clínica Regenerado, vai falar mais sobre esse assunto hoje.


Introdução

Olá! Eu sou o Vitor Rossetto, médico neurocirurgião funcional.

O que é isso? Bom, a neurocirurgia funcional trata a epilepsia, distúrbios do movimento e dor. Eu trabalho na clínica Regenerate e sou médico assistente do Hospital das Clínicas do grupo de dor.

Hoje vamos falar sobre o tratamento cirúrgico da epilepsia. Esse tratamento é dividido em duas modalidades: o tratamento ablativo, que consiste em retirar o foco epileptogênico, e o tratamento modulatório, que é quando se implanta um dispositivo que modula as crises epilépticas.

Neste vídeo, vamos falar especificamente sobre o tratamento ablativo, na cirurgia de resecção do foco epileptogênico.


Estudo Pré-Cirúrgico

Há muitos pacientes que já chegam com um diagnóstico de epilepsia, como a esclerose mesial temporal, e precisam operar. No entanto, é preciso ter calma, pois nem sempre a alteração do exame de imagem é o foco das crises.

Existem outros estudos funcionais, como o vídeo-EEG, que consiste na implantação de eletrodos invasivos no paciente para avaliar o foco das crises. Além disso, existem outras modalidades de exames que ajudam a definir se a alteração encontrada no exame de imagem é realmente responsável pelas crises do paciente.

Portanto, o primeiro passo é definir se a crise vem da alteração anatômica encontrada.


Causas Mais Comuns

A esclerose mesial temporal é a causa cirúrgica mais comum de epilepsia. No entanto, não é a causa mais comum de epilepsia em geral. Existem outros tipos de cirurgias, como a extração de displasias.

No entanto, a epilepsia do lobo temporal é a causa mais comumente operada. No momento de operar esses casos, é importante checar qual lobo temporal está originando a crise.


Quando Operar

O paciente é considerado refratário quando não responde ao tratamento medicamentoso. Existem três classes de anticonvulsivantes para o tratamento da epilepsia.

Quanto ao momento da cirurgia, existem duas abordagens: esperar o máximo possível ou operar mais precocemente quando o paciente está descompensado das crises. É interessante operar o mais rápido possível nesses casos, pois o fato de manter as crises repetidas ao longo do tempo pode levar a uma piora cognitiva.

No entanto, nem todos os pacientes são candidatos à cirurgia, pois é preciso avaliar a capacidade cognitiva do paciente. Pacientes com comprometimento cognitivo mais grave tendem a ter uma piora cognitiva após a cirurgia e ficar mais debilitados.

Outra limitação é quando o paciente tem crises bilaterais, ou seja, as crises ocorrem em ambos os lobos temporais. Nesses casos, não é possível operar os dois lobos temporais ao mesmo tempo.

Além disso, é importante considerar o hemisfério dominante. Isso vai definir o tipo de cirurgia a ser realizada, mas não limita ou impede a cirurgia.

Em casos mais graves, como a encefalite de Rasmussen, em que metade do hemisfério cerebral está comprometido e não é controlado, o momento de operar é crítico. O tratamento consiste em fazer uma hemisferectomia, que é a desconexão de metade do cérebro com a outra metade.

Essa cirurgia tem um risco muito grande de afetar funções motoras e de fala. Portanto, quanto antes operar, antes dos seis anos de idade, melhor, pois temos uma maior chance de recuperação.


Cirurgia Ablativa

A causa mais comum de cirurgia ablativa é a epilepsia do lobo temporal. O foco mais comum é a esclerose mesial temporal.

Temos dois tipos principais de tratamento: a amigdalectomia superseletiva e a lobectomia temporal. A lobectomia temporal, na verdade, se refere à retirada do lobo temporal inteiro, mas ficou consagrada com esse termo.

A cirurgia da esclerose mesial temporal consiste em uma alteração do hipocampo e amígdala, e, dependendo do caso, do tecido cortical neocortical do lobo temporal.

Os resultados cirúrgicos a curto prazo são muito próximos dos dois métodos. No entanto, a longo prazo, vai depender do comprometimento do paciente, sendo que a ressecção mais ampla tem um melhor resultado a longo prazo, mas também tem um maior risco de alteração cognitiva.

Portanto, a escolha da cirurgia vai depender do caso, do comprometimento do paciente, da experiência do cirurgião e do que se espera com a cirurgia.

A cirurgia tem como objetivo controlar as crises e oferecer uma melhor qualidade de vida para os pacientes. Além disso, reduz a necessidade de medicamentos e as complicações causadas pelo uso desses medicamentos.

Por isso, a cirurgia não é a primeira opção de tratamento, mas é uma ferramenta muito importante para melhorar a qualidade de vida desses pacientes e controlar as crises.


Obrigado por assistir esse vídeo! Espero que tenha ajudado você ou alguém que você conhece. Se quiser compartilhar esse vídeo com alguém interessado nesse assunto, não se esqueça de compartilhar e clicar no sininho para receber as notificações dos próximos vídeos. Obrigado pela atenção e até a próxima!

Para mais informações, entre em contato com a Clínica Regenerado: contato@clinicaregenerado.com.br

Fonte: Epilepsia – Como Curar Epilepsia por Regenerati – Dr. Willian Rezende