Tratamento do HPV

Olá pessoal, tudo bem? Meu nome é Cláudio Mousse, sou urologista e estou aqui hoje para conversar com vocês sobre mais um tema da urologia: o Papilomavírus Humano (HPV) e o seu tratamento.

O tratamento do HPV não é exercido diretamente sobre o vírus, mas sim nas lesões que o vírus provoca, como as verrugas e os condilomas acuminados. Isso acontece porque não temos medicamentos para matar o vírus. As vacinas, por sua vez, são profiláticas e atuam como elementos preventivos, não curativos. Em breve teremos um vídeo exclusivo sobre as vacinas, fiquem atentos!

O tratamento do HPV é realizado nas lesões que o vírus provoca. Existem diferentes formas de tratamento, como o uso de substâncias químicas. Essas substâncias podem agir de diversas maneiras, algumas impedindo a reprodução celular, outras causando coagulação química no tecido doente, e outras ainda atuando como imunomoduladores, fortalecendo a imunidade do tecido agredido.

Além disso, existem outras opções de tratamento, como a crioterapia, que utiliza nitrogênio líquido para destruir as lesões congelando-as. A eletrocauterização é outro método utilizado, em que uma corrente elétrica destrói as lesões. O laser também pode ser usado em alguns casos. Em situações mais graves, pode ser necessário realizar uma excisão cirúrgica, removendo o tecido contaminado, infectado ou com várias lesões causadas pelo HPV.

É importante alertar o paciente sobre algumas possibilidades e efeitos colaterais do tratamento. Por exemplo, o local tratado pode ficar mais hiperpigmentado (mais escuro) ou hipopigmentado (mais branco), além de poder ocorrer cicatrização. O paciente deve ser informado sobre essas possibilidades antes do tratamento.

Outro ponto importante é a possibilidade de recidiva. Mesmo após o tratamento das lesões, elas podem reaparecer em outras áreas. Isso ocorre independentemente do método utilizado para destruí-las, seja frio, calor, produto químico, etc. O paciente precisa estar ciente disso para evitar frustrações e buscar outros profissionais ou tratamentos antes do tempo necessário.

Estudos mostram que as recidivas podem ocorrer de 25% a 65% das vezes. Isso não significa que o problema seja grave ou sério, pois é algo comum e que acontece com muitas pessoas. É importante ressaltar que as recidivas são mais frequentes nos primeiros três meses após o tratamento, e até mesmo nos primeiros seis meses, mas conforme vamos nos distanciando do dia da destruição das lesões, a probabilidade de recidiva diminui. Ainda assim, é possível que a recidiva ocorra até mesmo um ano e meio depois, mas a probabilidade é menor.

No próximo vídeo, falaremos sobre o HPV em crianças. Até lá! Tchau!

Fonte: HPV (papiloma vírus humano) e verrugas venéreas (condilomas acuminados) – Tratamento por Dr. Claudio Mussi – Urologista