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Tratamento do refluxo com a osteopatia: tudo que você precisa saber

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Olá! Tudo bem? Nesse vídeo, vou responder uma pergunta da Isabella que achei muito interessante. Ela pergunta sobre o refluxo e como a osteopatia trata esse problema.
Na verdade, a osteopatia não trata diretamente uma doença, ela melhora a nossa capacidade física e o nosso nível de saúde. Cada indivíduo é diferente do outro, mas vou dar cinco pontos que servem como um ponto de partida e auxiliam no raciocínio clínico e na avaliação dentro da osteopatia.
Primeiro, vamos falar sobre a relação do estômago com o diafragma. O diafragma é o principal músculo da respiração e o estômago está ligado a ele por vários ligamentos chamados de ligamentos gastrô-frenéticos. Não se preocupe com esse nome complicado, são apenas ligamentos que suspendem e seguram o estômago no lugar. Além disso, o esôfago, antes de virar o estômago, passa por um furo no diafragma chamado de hiato esofágico. Esse furo está bem próximo do começo do estômago. Às vezes, acontece uma irritação nessas estruturas. Além disso, o movimento correto do diafragma, de subir e descer na respiração, auxilia no funcionamento do estômago.
Você já teve aquela experiência de exagerar na comida, comer demais e se sentir cheio? Isso atrapalha a respiração, pois quando você tenta respirar mais fundo, não consegue, pois o estômago está cheio. Nesse caso, o estômago está interferindo no movimento do diafragma.
O segundo ponto é a existência de um sistema especial de nervos em nosso corpo, que controla o ritmo do nosso corpo de forma geral. No estômago, não é diferente. Esse sistema especial de nervos se chama sistema nervoso autônomo, que possui o sistema para-simpático e o sistema simpático. O sistema para-simpático é controlado pelo nervo vago, que sai de trás da cabeça, desce pela lateral e vai até o estômago. Esse nervo regula a secreção do suco gástrico, auxilia na digestão e facilita a passagem do alimento pelo sistema digestivo. Porém, quando o nervo vago é muito estimulado, seja por uma restrição articular ou muscular, ele também pode facilitar o refluxo, ou seja, a volta do alimento do estômago para o esôfago.
O terceiro ponto é o sistema simpático, que diminui o movimento do estômago e dos intestinos, dificultando a saída de alimentos do estômago. Isso dificulta a digestão em todo o aparelho digestivo.
O quarto ponto são as relações faciais. A fáscia é como se fosse um tecido que reveste o estômago e o conecta a outras estruturas, como o fígado e os músculos. Ela serve para garantir que o estômago fique no lugar certo. Além dos ligamentos, a fáscia também pode ser afetada quando outras estruturas estão puxando ou tracionando o estômago em diferentes direções, o que atrapalha o seu funcionamento.
O quinto e último ponto é o próprio sistema digestivo, incluindo o intestino delgado, o intestino grosso e os esfíncteres. O nosso aparelho digestivo pode ser comparado a um encanamento, onde existem algumas válvulas que controlam a passagem do alimento. Se alguma dessas válvulas não estiver funcionando corretamente devido a alguma restrição ou desregulação, pode ocorrer o refluxo.
Esses são apenas pontos de partida para o tratamento do refluxo pela osteopatia. Sempre existe alguma alteração na mecânica, no funcionamento ou na estrutura do corpo que pode estar contribuindo para o problema. O osteopata irá buscar essas disfunções e restrições mecânicas para corrigi-las e, assim, melhorar a saúde e qualidade de vida do paciente.
Em casos de refluxo, azia, gastrite, sensação de cheio, digestão ruim, constipação e outros problemas relacionados, é recomendado buscar um bom osteopata, que será capaz de encontrar o que o seu corpo precisa para melhorar a sua saúde e qualidade de vida.
Se você tiver alguma pergunta, como a Isabella Cristina que enviou essa pergunta sobre refluxo, pode me mandar. Pode deixar aqui nos comentários, enviar um e-mail ou entrar em contato pelo Facebook ou Instagram. Ficarei feliz em responder.
Espero que esse texto tenha sido útil para você. Até a próxima!
Fonte: REFLUXO – Como a Osteopatia trata? por Dr. Alexandre Mota