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Tratamento de fratura de escápula com o Dr. Marcelo Bonadio

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Bom, essa já foi uma fratura da escápula.
Fatores: caso não escapa, tão tangível. Diego ela é uma fratura rara. Ela ocorre apenas em 0,41% das fraturas. No contexto, nos pacientes com 35-45 anos de idade, as fraturas do corpo da escápula são as mais frequentes.
Com relação ao mecanismo de lesão, pode ocorrer tanto por trauma indireto quanto direto. Se o paciente sofre uma queda sobre o ombro ou bate diretamente na escápula, pode gerar uma fratura. O principal mecanismo de lesão está associado a traumas de alta energia, como acidentes automobilísticos.
As principais causas das fraturas de escápula são os acidentes automobilísticos, que representam 50% dos casos, seguidos pelos acidentes de moto (25%). Com relação às lesões associadas, é importante verificar se além da fratura da escápula, o paciente também apresenta lesões nos ligamentos coracoclaviculares e da clavícula. Em 35-98% dos casos, as fraturas de escápula estão associadas a algum tipo de lesão adicional, sendo as mais importantes as lesões do tronco, como pneumotórax, fraturas nos arcos costais e contusão pulmonar.
Para uma avaliação adequada, é necessário investigar todas essas lesões quando o paciente chega com uma fratura da escápula. A presença de pneumotórax e contusão pulmonar precisa ser avaliada imediatamente. As lesões associadas são responsáveis por 10-15% da mortalidade relacionada a essa fratura.
Uma complicação rara, porém possível, é a síndrome compartimental da região. Nesse caso, é fundamental realizar uma avaliação clínica e radiológica adequadas para identificar um possível edema triangular na região dorsal.
Na avaliação radiológica, deve-se iniciar com uma série de radiografias da escápula, sendo necessário fazer projeções em perfil e transcapular. Essas projeções clássicas conseguem avaliar boa parte das fraturas na escápula. Por exemplo, no perfil verdadeiro, pode-se observar uma aparente fratura do acrômio, mas na verdade, trata-se de um entalhe normal dessa região. É importante radiografar a escápula ao lado contra lateral para comparar e aumentar a probabilidade de detecção de uma fratura.
Existem diferentes classificações para as fraturas de escápula. Uma das classificações mais utilizadas é a de Neer, que divide as fraturas em A, B e C, dependendo do envolvimento ou não das superfícies articulares. Outra classificação, denominada AO, classifica as fraturas de acordo com o tipo de fratura e o acometimento da glenoide.
Com relação ao tratamento, a maioria das fraturas de escápula é tratada de forma conservadora, com imobilização e analgesia. Somente nos casos de fraturas com desvio significativo ou angulação maior que 40 graus, ou quando há instabilidade da articulação do ombro associada à fratura, é indicado um tratamento cirúrgico. Nas fraturas menores, pode-se utilizar placas na região superior da escápula para fixação.
No caso das fraturas da coluna e do acrômio, o tratamento conservador pode ser realizado na maioria dos casos. Já nas fraturas do corpo da escápula, o tratamento conservador é o mais comum, a menos que haja complicações ou fatores associados que indiquem a necessidade de cirurgia.
Algumas das principais complicações das fraturas de escápula são a lesão do nervo supraescapular, a síndrome compartimental e a dissociação escapulotorácica. É importante considerar essas complicações no estudo da estrutura e tratamento das fraturas de escápula.
Referências bibliográficas:
– Nascimento, PE. Fraturas da Escápula: Epidemiologia, diagnóstico e tratamento. Revista Brasileira de Ortopedia, vol. 43, nº1, pp. 1-12, 2008.
Fonte: Fratura de Escápula – Dr. Marcelo Bonadio por e-Ortopedia