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Tratamento das sequelas de Guillain-Barré: saiba mais sobre como funciona

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Síndrome de Guillain-Barré e a Importância da Fisioterapia

Além da dengue, do zika vírus e do chikungunya, outro problema de saúde com relação direta ao mosquito é a síndrome de Guillain-Barré. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, este ano já foram registrados 115 casos suspeitos da síndrome, dos quais 53 foram confirmados. Uma das possíveis sequelas deixadas pela doença é a paralisia, que resulta na perda dos movimentos. Por isso, a fisioterapia é fundamental no tratamento desses casos.

Conversamos com o repórter André Silva, que estava em uma sala de fisioterapia, para nos mostrar como essa área pode ajudar a reverter os sintomas da síndrome.

André: “Estamos aqui em uma sala de fisioterapia onde as pessoas estão realizando exercícios específicos para o tratamento da síndrome de Guillain-Barré. Esses exercícios são fundamentais para ajudar a recuperar os movimentos do corpo. Vamos conversar com Dona Hilda, que está aqui em uma cadeira de rodas devido ao quadro de dores intensas causado pela síndrome de Guillain-Barré.”

Dona Hilda: “Sim, tive a síndrome e ainda sinto muitas dores. São várias articulações do corpo que incomodam muito.”

A fisioterapia tem sido fundamental para ajudar na recuperação dos movimentos de Dona Hilda e de outros pacientes que tiveram a síndrome. Lúcia, uma professora que também teve a síndrome, chegou a ficar dois meses numa UTI totalmente paralisada, mas conseguiu se recuperar.

Lúcia: “Eu fui perdendo todo o movimento aos poucos. Começou com formigamento nos pés, depois nas pernas e subiu para a coluna. Fiquei quase dois meses internada na UTI sem poder me mexer, apenas com muitas dores. Foi um período muito difícil.”

Lúcia já recuperou 90% dos movimentos através da fisioterapia. Nos primeiros seis meses, ela realizou sessões diárias em casa. Conforme foi recuperando os movimentos, a quantidade de sessões diminuiu e ela passou a frequentar a clínica.

Dona Hilda e Lúcia são exemplos de como a fisioterapia pode ser eficaz na recuperação da síndrome de Guillain-Barré. De acordo com o fisioterapeuta Antônio Carlos Prazeres, a intensidade e a frequência das sessões são fundamentais para a recuperação dos músculos e a retomada da independência do paciente.

O tratamento com fisioterapia deve ser iniciado o mais cedo possível, ainda no hospital, para otimizar a recuperação do paciente. Além da fisioterapia, a equipe de reabilitação conta com outros profissionais como fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.

Para ter acesso à fisioterapia, basta fazer uma inscrição por telefone ou presencialmente. As vagas estão sendo priorizadas para pessoas que tiveram a síndrome de Guillain-Barré.

Com a recuperação dos movimentos, Lúcia está ansiosa para voltar a dar aulas no próximo semestre. Ela se sente vitoriosa por ter superado essa doença tão incapacitante.

A fisioterapia é uma aliada indispensável no tratamento da síndrome de Guillain-Barré. Quando aliada a um tratamento médico adequado, ela proporciona resultados significativos e ajuda os pacientes a retomarem a sua independência.

Fonte: Saiba como funciona o tratamento das sequelas de ‘Guillain-Barré’ por Unijorge