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Tratamento da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) – Terceiro Bloco de Opções Terapêuticas

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E o assunto é a doença do Refluxo Gastroesofágico. Gente, quando é que a cirurgia é indicada? Naturalmente, quando o tratamento medicamentoso ou alimentar não surte mais resultados. Quem explica melhor sobre isso é o cirurgião Elimoru Matsumoto. A cirurgia do refluxo é a famosa cirurgia da hérnia de hiato. Então, para quem ela é indicada?

Ela é indicada para pacientes que têm doença do refluxo. Os principais sintomas da doença do refluxo são: azia, queimação e aquele líquido que sobe. Então, qual é o preço para os pacientes? A gente sempre tem opções de tratamento. Os principais seriam medicamento e cirurgia. Tanto com a medicação quanto com a cirurgia, a gente sempre orienta mudanças comportamentais.

Mas a cirurgia sempre é uma opção de tratamento para o paciente que tem a doença do refluxo. Essa cirurgia é feita com anestesia geral e por meio de pequenos cortes no abdômen, a videolaparoscopia. A recuperação é rápida. Ela é feita por via laparoscópica, hoje em dia, aquela cirurgia só dos furinhos. Ela exige um estudo detalhado do esôfago com o manometria ph meter e endoscopia. E baseado nesses achados, nesses resultados desses exames, a cirurgia pode ser programada, indicada ou contra-indicada.

No pós-operatório, a cirurgia consiste na correção da hérnia de hiato e no outro procedimento chamado fundoplicatura. A gente pega uma porção do estômago e dá uma laçada, envolve o final do esôfago. Isso faz com que aumente a pressão do final do esôfago e impeça o conteúdo do estômago de retornar para o esôfago. Então, quando a gente faz esse procedimento, a gente evita que o suco gástrico retorne pelo esôfago. Porém, quando a gente controla o refluxo, a gente causa uma dificuldade para o paciente de comer, ele tem um pouco de dificuldade para engolir.

Existem fases de adaptação alimentar. Nos primeiros dez dias mais ou menos, a gente mantém esse paciente com dietas líquidas e pastosas, até para diminuir o inchaço e edema daquela região da cirurgia. Depois desse período, a gente começa a introduzir alimentos sólidos, primeiramente mais fáceis de serem mastigados. Um arroz bem cozido, uma batata, uma cenoura. E aos poucos, a gente vai melhorando essa alimentação. E depois de 20 a 30 dias, ele consegue ingerir alimentos sólidos. E a gente recomenda uma restrição em relação ao esforço físico, até que a cirurgia esteja bem cicatrizada. Isso leva em torno de 45 dias.

Quem conhece bem a dor e complicações da doença do refluxo gastroesofágico é o publicitário Lauro Zanoni. Diagnosticado após a idade adulta, Lauro relembra que o desconforto gástrico era sentido desde criança.

Desde pequeno, eu sempre tive isso. Desde pequeno. Eu lembro… Eu morava no interior, a gente comia batata-doce. Eu não podia comer batata-doce porque eu estava “passado de uso” lá, meu Deus do céu. Primeira azia. E aí, um tempo depois, que eu tomava… Não lembro… Tomava chá de marcela, já não sei do quê, para dar uma aliviada. E um tempo depois, o pessoal me ensinou: “Não toma bicarbonato de sódio”. Então, eu pegava o bicarbonato de sódio, colocava na água e tomava. Ele te dava um alívio, né, mas momentâneo. Porque também, a alimentação da gente era pastel, coca-cola, era gordura, era tudo que vinha na frente da gente. Era pesada, tudo vir. Daí, vêm as consequências do negócio. Aí, que eu vim para Cascavel e fui procurar um médico. E ele me… Pensando que era ela, foi aí que ele falou para mim que era refluxo e ele me orientou a fazer um tratamento. E foi aí que eu fiz um tratamento e procurei uma nutricionista e ela me deu uma reeducação alimentar. Então, hoje eu tenho uma vida tranquila. Tenho uma vida tranquila, não me limito de muitas coisas. E o limite que eu faço porque o que quero… Porque além do refluxo, é bom para minha saúde, certo? Então, tem muitas coisas que não é só para mim, mas para outras pessoas também que não têm o problema. É bom que elimine, por exemplo, refrigerante, é uma coisa que eu aprendi. Eu não tomo. Diferente, não tomo. Tomo sim, de vez em quando, tomo mesmo. É uma coisa necessária, é uma coisa que eu tenho que ter um refrigerante e tomo pelo meu Prasol, todo dia. E me limito assim, “Ah, eu não posso fazer isso, não posso fazer aquilo”, lá pra mim, tá ótimo. E o resultado é fantástico.

Uma vez feito o diagnóstico da doença do refluxo, é importante que você busque um bom médico que possa te ajudar no seguimento desse tratamento, seja ele tratamento medicamentoso ou cirúrgico. O importante é você garantir a sua qualidade de vida. Em medicina e saúde, chegamos ao final. Eu espero que vocês tenham aproveitado todas as informações do programa de hoje. Repliquem essas informações para que mais pessoas tenham acesso a informações valiosas para viver mais e melhor. Tenham uma excelente semana bem abençoada. Tchau, tchau!

Fonte: Doença do Refluxo Gastroesofágico – DRGE (Tratamento – 3º bloco) por Medicina & Saúde