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Transtorno Bipolar: 7 dicas para melhorar sua qualidade de vida

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<p>Meu filho, desde que nasceu, ele teve um comportamento diferente. Ele era uma criança inquieta, que não dormia. Isso já me chamou a atenção, porque é normal que um bebê não durma muito durante a noite, mas uma criança não dormir durante um ano é incomum.</p>
<p>No começo, eu não achava que era algo anormal. À medida que ele foi crescendo, percebi que não podíamos ter conversas tranquilas com ele. Qualquer frustração o deixava nervoso e mudava seu comportamento. Isso era muito chato para todos.</p>
<p>Inicialmente, achamos que ele tinha “pavio curto” e que isso era algo relacionado à sua personalidade. Mas logo percebemos que ele tinha dificuldade em lidar com a frustração. Foram necessários 22 anos, entre idas a psiquiatras e psicólogos, para que finalmente fosse feito o diagnóstico.</p>
<p>Durante esse período, ele começou a namorar e terminou o relacionamento. Isso foi um gatilho para ele ter um episódio de instabilidade emocional e tentou cometer suicídio quatro vezes. Na quarta tentativa, ele foi internado na UTI por quase 15 dias. Foi nesse momento que o psiquiatra do hospital conseguiu diagnosticar o transtorno bipolar.</p>
<p>Esse foi o dia mais feliz da minha vida. Finalmente, tínhamos um diagnóstico e sabíamos que ele poderia ser tratado. O objetivo principal do tratamento do transtorno afetivo bipolar é a estabilização.</p>
<p>Essa estabilização é fundamental para que o paciente não tenha ciclos de instabilidade nas fases da doença. Para isso, é necessário seguir as orientações médicas não apenas em relação à medicação, mas também em relação às atividades diárias. É importante ter uma rotina regrada, com horário de sono adequado, atividades físicas e práticas religiosas ou espirituais para buscar proteção.</p>
<p>Além disso, é essencial evitar o uso de álcool e outras drogas, pois elas podem agravar a doença. A qualidade de vida do paciente depende muito de sua rotina e estilo de vida, assim como das escolhas que ele faz no dia a dia.</p>
<p>Para ajudar no tratamento, é importante que o familiar ou cuidador conheça a doença e esteja em contato constante com o médico. Eles podem ajudar a motivar o paciente a adquirir novos hábitos e seguir as orientações médicas.</p>
<p>A família precisa aprender a olhar além dos sintomas e entender que o paciente não é apenas a doença. Toda essa mudança de perspectiva pode ser um grande apoio no tratamento. É importante acolher o paciente, mesmo quando ele está em crise, e buscar ajuda profissional para lidar com as situações difíceis.</p>
<p>Assim, é possível melhorar a qualidade de vida do paciente e proporcionar um ambiente mais saudável e acolhedor para ele. O tratamento do transtorno bipolar é desafiador, mas com o apoio da família e o acompanhamento médico adequado, é possível levar uma vida estável e satisfatória.</p>
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Fonte: Transtorno Bipolar – Dicas de qualidade de vida por Cuidados Pela Vida