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Tontura e Labirintite: Desvendando 5 mitos importantes

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Vertigem e Tontura: O que você precisa saber

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Aqui, a doutora Fabi Gaste, eu sou médico mestre em medicina e especialista em urologia. Hoje, o nosso assunto é vertigem e tontura. Cinco minutos é o que você precisa saber sobre o assunto, e por que você precisa saber.

Aproximadamente quarenta por cento das pessoas, acima dos 40 anos, vão ter alguma vez na vida tontura. Cinco por cento das consultas médicas são relacionadas à queixa de tontura, e seis por cento dos atendimentos médicos na emergência têm relação com esse sintoma. Então, observa-se que é algo comum. Se você não teve, provavelmente tem grande chance de um dia ter.

E o que seria uma tontura? A tontura pode ser descrita de várias maneiras. Uma das maneiras que se descreve é a sensação de cabeça vazia, desequilíbrio, a sensação de flutuação, o mal estar. Entretanto, quando a sua tontura é uma vertigem, é descrito que você sente como você ou ao seu redor girando, ou você ou seu ambiente balançando. Nós chamamos isso de vertigem, e é importante saber se essa tontura é relacionada à vertigem, pois vou explicar daqui a pouco.

Mito número 1: Labirintite é uma causa comum de vertigem. Bom, pessoal, isso é mito. Na verdade, labirintite é uma causa muito rara de vertigem. Labirintite é um termo que se usa para descrever uma inflamação, que normalmente é causada por uma infecção no labirinto, e muitas vezes ela se trata até com antibiótico. Mas, doutor, por que você está falando que é uma causa rara se minha avó, meu amigo, todo mundo aí fala que tem labirintite? Bom, na verdade, isso é uma vulgarização, um bicho popular, e até um vício, digamos assim, médico, para descrever uma vertigem relacionada a uma síndrome vestibular aguda, ou seja, uma vertigem do tipo vertiginosa. Então, na realidade, isso não é correto, pois, apesar de a vertigem estar associada à labirintite, labirintite é uma causa rara. Normalmente, o que você tem não é labirintite, e isso deve ser corrigido descobrindo a causa do problema.

Mito número 2: Esses remédios para labirintite, como Labirin, não fazem mal para a saúde. Pessoal, isso é mito. Na verdade, ao contrário, esses remédios são simplesmente supressores de atividades. Labirintite é um serviço que diminui a exacerbação da cultura da vertigem. Mas, eles podem causar, se usados durante um período médio a longo prazo, sintomas principais de depressão, ganho de peso, e até disfunção sexual. Exatamente isso, sintomas de Parkinson. Por isso, esses remédios devem ser evitados quando a etiologia não justifica o uso deles. E quando usados, devem ser usados durante um período curto.

Mito número 3: Vertigem é um sintoma associado ao labirinto, não ao cérebro. Pessoal, se você tem algum médico que você também vai ser sobre esse assunto, manda esse vídeo para ele, tá? Porque isso é confusão até dos médicos. Olha que eu tenho uma ideia: 25 por cento dos pacientes na emergência têm vertigens não relacionadas ao AVC, e cinco por cento dos pacientes que têm tontura não têm vertigem. Então, isso não é algo raro, tontura e vertigem. Pela primeira vez, se é uma causa um AVC, principalmente se você tem algumas características que eu vou falar agora: essa tontura e a vertigem são persistentes, ou seja, não estão durando horas e não estão passando. Ela é bem incapacitante ao ponto de você não conseguir ficar de pé ou andar. E se você tem fatores de risco, por exemplo, é idoso, acima de 60 anos, tem colesterol alto, é hipertenso, é diabético, aumenta muito a chance dessa vertigem ser causada por um AVC.

Agora, vamos falar o contrário. Você não tem nenhum desses fatores de risco, essa vertigem dura segundos ou minutos, ela simplesmente aparece em algum momento, a cabeça vira, e logo passa. Então, é bem provável que não seja um AVC. Pode ser, por exemplo, o que a gente chama de vertigem posicional paroxística benigna. Este tipo de vertigem acontece quando se desloca um pequeno cristalzinho, que a gente chama de otólito, no canal semicircular, que fica no labirinto. E esse deslocamento causa a tontura, a vertigem e, muitas vezes, o enjoo. E para resolver isso, não precisa tomar remédio, simplesmente uma manobra que a gente chama de Dix-Hallpike, que é uma manobra que você pode fazer no consultório, já resolve esse problema sem tomar remédio.

Mito número 4: É preciso fazer uma tomografia para saber a causa da minha vertigem. Bom, pessoal, isso é mito. Ou seja, mesmo que sua vertigem tenha chance de ser um AVC, como eu disse, tem alguns indicativos sempre relacionados a isso, a tomografia é um exame que não mostra a área relacionada à vertigem pelo AVC. Porque o AVC, como muitos já devem saber, é causado por uma isquemia na região que ele chama de fossa posterior, na região do cerebelo e tronco. Essa região, a tomografia não mostra. A ressonância, no entanto, mostra. Mas, para você ter uma ideia, esses pequenos acidentes vasculares cerebrais, que são geralmente menores que um centímetro, eles são normais. Cinquenta por cento até cinquenta por cento das vezes, não são mostrados na primeira ressonância. Então, mesmo que o exame seja negativo, não quer dizer que você não tenha um AVC. Significa apenas que o exame ainda não captou o defeito. Por isso, o exame neurológico é fundamental, exame neurológico completo, inclusive sabendo detectar o tipo de nistagmo, que são as oscilações oscilatórias nos seus olhos. O médico vai fazer o exame neurológico completo, exame físico neurológico, para entender qual tipo de alteração você está tendo, e vai poder diagnosticar e dizer se isso é importante.

Mito número 5: A minha tontura é crônica e não tem jeito. Bom, isso eu escuto muito quando os meus pacientes vêm aqui pela primeira vez. Eles falam: “Eu estou desacreditado, é crônico, e você é minha única esperança.” Bom, pessoal, mesmo que a sua tontura seja crônica, por exemplo, existem tonturas que são relacionadas a causas clínicas, simplesmente uma anemia, uma deficiência vitamínica. Existem tonturas, por exemplo, que a gente chama de tontura perceptual, o vertigem de origem psíquica, relacionada à ansiedade. Então, quando você busca entender a causa da tontura, o paciente sente um alívio, um controle muito grande do que ele sentia, muitas vezes com remissão completa. Então, não pode desistir de buscar o diagnóstico. Como eu disse anteriormente, labirintite normalmente não é um diagnóstico. A gente tem que buscar a causa do diagnóstico da tontura ou da vertigem.

Em suma, se sua tontura é leve, rápida, brevemente observada, ver se ela não vai passar, não é motivo para ficar desesperado. Observa, vê como ela vai se comportar durante minutos ou horas depois da primeira tontura. Agora, se você tem fatores de risco, sua tontura é do tipo vertigem, está persistindo, então não hesite: procure ajuda médica para o médico diagnosticar a causa correta da tontura ou da vertigem, para saber evitar complicações e também tratar para você melhorar rápido.

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Fonte: Tontura e labirintite: 5 mitos que você precisa saber! por Clínica Higashi