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Tipos de Hemorroidas: Guia completo sobre a Doença Hemorroidária

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Doença Hemorroidária – Causas, Sintomas e Tratamentos

Olá pessoal, como é que vocês estão? Tudo bem? Hoje nós vamos abordar um tema muito frequente que causa muitas dúvidas: a doença hemorroidária. A presença de hemorroidas é, como sempre salientar, que nem todo sangramento que ocorre durante ou após a evacuação se trata de hemorroidas. Mas na maioria das vezes, os sangramentos presentes no ato evacuatório ou após ele podem sim ser de hemorroidas. Traduzindo, é sempre importante levar em consideração a necessidade da prevenção e dos exames de screening para diagnóstico de outras doenças dos cólons, intestino grosso, reto e ânus, e não simplesmente colocar a culpa nas hemorroidas. Por isso, a necessidade da avaliação de um especialista na área, o chamado proctologista. Dito isso, é importante lembrar que durante a evacuação nem sempre acontece por conta de hemorroidas. Hemorroidas raramente doem, quando dói, pode se tratar de uma trombose hemorroidária. Do contrário, a causa da dor é outra, por exemplo, uma fissura anal, um processo inflamatório retal ou um espasmo da musculatura pélvica ano retal. Essas são outras possíveis causas da dor e devem ser investigadas por um especialista.

A doença hemorroidária pode ser classificada em hemorroidas internas e externas. As hemorroidas internas podem ser de grau 1, 2, 3 ou 4, conforme saem e voltam ou saem e não voltam para dentro do canal profundo. Já as hemorroidas externas são sempre tratadas com uma plástica do canal, com a retirada do excesso de pele dessas veias externas dilatadas.

É importante lembrar isso porque é frequente o paciente chegar no consultório pedindo por uma outra técnica. Um bom cirurgião tem um arsenal terapêutico e a capacidade de utilizar a melhor técnica para aquela situação, para aquela graduação de hemorroida interna ou a presença de hemorroidas externas. Existem também as chamadas hemorroidas mistas, que têm o componente interno e externo ao mesmo tempo. Infelizmente, não é possível usar uma única técnica para todas as variações dos tipos de hemorroidas internas ou quando há a presença das hemorroidas externas. Sejam hemorroidas mistas, uma vez que o tratamento das hemorroidas externas, o excesso de pele ou abaulamento que o paciente sente internamente, só pode ser corrigido através da ressecção cirúrgica.

Dito isso, é importante ressaltar que nem sempre o sangramento que ocorre durante as evacuações é causado por uma hemorroida, fissura anal ou fístula perianal. São coisas diferentes, de comportamento diferentes. Sobretudo em pacientes com antecedente de câncer familiar do Aparelho Digestivo ou colorretal, é necessário a partir dos 30-35 anos já fazer a avaliação do tubo digestivo, do intestino grosso, reto e ânus através de uma colonoscopia. Na maioria das vezes, uma vez a cada cinco anos, afastando-se as alterações neoplásicas. Resta saber se existem outras causas inflamatórias, como as doenças intestinais inflamatórias, causando talvez esse sangramento misturado nas fezes ou após a evacuação.

É importante dizer que não existe uma técnica ideal para o tratamento da doença hemorroidária. Existe a técnica que mais se adapta àquele exame físico, àquele paciente. No Recife, infelizmente, nem sempre a técnica utilizada com um cliente ou com um amigo é possível de ser realizada no paciente que a solicita. Mãos hábeis e um profissional experiente são essenciais. A dor pós-operatória, que é o grande temor de muitos, tende a ser mitigada, a ser diminuída. A dor pós-operatória advém do espasmo da musculatura ano retal e teórica. Não é simplesmente o corte, mas sim o estímulo e o espasmo que esta musculatura adquire após o processo cirúrgico, durante a cicatrização dos primeiros três ou quatro dias. Então, é muito importante no pós-operatório o relaxamento desta musculatura involuntária através de exercícios de alongamento, fisioterapia pélvica, um bom analgésico, um bom anti-espasmódico e um relaxante muscular com um anti-inflamatório, permitindo que esta musculatura não entre em contração persistente, causando então a intensa dor pós-operatória. Essa é a grande sacada para ter um pós-operatório melhor. E vale salientar que as fezes bem formadas são grande aliado para tirar o espasmo do pós-operatório. Um grande erro que os pacientes podem cometer é o uso de laxantes em grande quantidade. Se as fezes são líquidas ou pastosas, a dor pós-operatória vai ser pior, porque essas fezes mais cáusticas irritam o espasmo da musculatura retal. Ou seja, um cocô bem formado, com certo calibre, tira o espasmo da musculatura retal, permitindo então uma melhora dessa sensação de dor no pós-operatório.

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Fonte: Doença Hemorroidária – Tipos de Hemorroidas por Dr Marcon Censoni