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Tipos de Anestesia para Cirurgia Vascular, Cirurgia de Varizes e Laser

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Olá, sou Doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amado. Hoje vou falar sobre os tipos de anestesias utilizadas nos tratamentos vasculares, como no caso de varizes. Até o final deste vídeo você vai entender qual anestesia eu uso, porquê e qual a melhor para a sua saúde.

Podemos separar basicamente em quatro tipos de anestesia: anestesia geral, anestesias locais, sedação e bloqueios. Todas elas podem ser utilizadas nos tratamentos vasculares, mas vamos discutir as vantagens e desvantagens de cada uma.

Começando pela anestesia geral, é aquela que deixa o paciente completamente sedado. É um procedimento perigoso, visto que o paciente perde a consciência e o controle da analgesia e ventilação. Durante a anestesia geral, é necessário fazer suporte ventilatório, pois o paciente não consegue respirar por si mesmo. Além disso, ocorre perda completa da sensibilidade e dos reflexos do corpo. Pode haver complicações como enjoo, náusea, complicações cardíacas e ventilatórias, embora sejam raros, principalmente em pacientes saudáveis e sem outros problemas de saúde.

Agora vamos falar sobre os bloqueios. Eles ocorrem quando injetamos um anestésico local próximo a um nervo responsável por uma determinada região do corpo. O anestésico local bloqueia a sensibilidade dessa área. Existem bloqueios distais e bloqueios mais abrangentes. No caso dos bloqueios regionais, temos a raquianestesia e a peridural. A raquianestesia é feita com uma agulha fina no espaço epidural, onde circula o líquido céfalo-raquidiano responsável pela irrigação do cérebro. O anestésico local é injetado nesse espaço, bloqueando a sensibilidade da cintura para baixo, inclusive no abdômen. O maior risco da raquianestesia é a cefaleia pós-raqui, que ocorre quando há extravasamento desse líquido cefalorraquidiano. Já na peridural, a agulha é um pouco mais grossa e é introduzida em um espaço intradural. Nesse caso, é necessário colocar uma quantidade maior de anestésico, mas com o risco de intoxicação. A vantagem da peridural é a possibilidade de manter um cateter para manter a infusão do anestésico por mais tempo, caso seja necessário.

A sedação é outro tipo de anestesia, sendo a sedação profunda uma forma mais avançada de anestesia geral. Existem diferentes níveis de sedação, como a sedação consciente e a sedação mínima. A sedação consciente é alcançada com a utilização de óxido nitroso, enquanto a sedação mínima e moderada são formas mais leves de sedação profunda. A sedação é uma técnica segura, sem efeitos cardiovasculares negativos, mas não é totalmente eficaz no alívio da dor.

A anestesia local é aquela em que o anestésico local é aplicado diretamente na região onde ocorrerá a cirurgia. Pode ser feita de forma direta ou intumescente, onde o anestésico é diluído em uma grande quantidade de líquido. A técnica intumescente permite a aplicação de uma quantidade maior de anestésico, reduzindo os riscos de intoxicação. É uma técnica segura, mas pode não ser suficiente para aliviar totalmente a dor.

No caso dos tratamentos vasculares de varizes, a técnica que considero mais segura e eficaz para a maioria dos pacientes é a sedação com anestesia local intumescente. Essa combinação permite um perfeito controle da analgesia, com o paciente dormindo durante a cirurgia e sem sentir dor. Além disso, é uma técnica segura do ponto de vista cardiovascular. Já realizei outros tipos de anestesia no passado, como raquianestesia, peridural e anestesia geral, mas com os avanços da cirurgia a laser, essa técnica se tornou a melhor opção.

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Fonte: Tipos de Anestesia na Cirurgia Vascular e na Cirurgia de Varizes. E no laser? por Amato – Instituto de Medicina Avançada