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Técnicas de cirurgia para cisto pilonidal e expectativas durante o procedimento

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Tratamento de cisto pilonidal: técnicas minimamente invasivas

Olá pessoal, tudo bem? Eu sou o Rodrigo Barbosa, cirurgião do aparelho digestivo, e esse é mais um “Medicina para Todos”. Hoje vamos falar sobre o tratamento de cisto pilonidal.

Antes de mais nada, é importante entender que a doença pilonidal é uma doença cirúrgica. O tratamento clínico não existe para ela. Todos os pacientes portadores desse problema terão que se submeter a uma cirurgia. Se você não fizer essa cirurgia, a doença irá progredir, crescer e se enraizar localmente, apresentando riscos, como o desenvolvimento de um câncer no futuro.

Embora seja raro, é fundamental tratar essa doença. Felizmente, hoje em dia existem muitas técnicas disponíveis para o tratamento de cisto pilonidal, o que é uma grande vantagem. Há alguns anos, só tínhamos a cirurgia convencional, que é muito eficaz, porém tem um pós-operatório mais difícil para o paciente se recuperar.

Hoje, vou falar sobre as técnicas minimamente invasivas, que são as cirurgias mais procuradas atualmente, por conta de sua recuperação mais rápida e menos dolorosa.

Técnicas minimamente invasivas

Existem três técnicas principais que se enquadram nessa categoria: a cirurgia vídeo-navegada, o uso do aparelho de laser e o uso de colas e selantes biológicos.

A combinação entre essas técnicas também é bastante utilizada e traz resultados muito interessantes. O importante é saber escolher a técnica certa para cada tipo de doença e cada paciente.

Por exemplo, para casos de doença fistulizante – quando há mais de um orifício – é mais seguro realizar a cirurgia vídeo-navegada. Se o cisto é pequeno e superficial, sem muitas raízes, a técnica do laser é bastante eficaz e a recuperação é muito rápida.

Além disso, combinar técnicas com o uso de selante biológico é uma ótima opção. Isso permite preencher o espaço vazio deixado pela remoção do cisto e acelerar a cicatrização.

No entanto, é fundamental que essas técnicas sejam realizadas por um especialista, que saberá escolher a melhor abordagem para cada caso. Cada técnica tem suas indicações e características, e a combinação certa pode trazer resultados ótimos.

Recidiva

Hoje sabemos que as técnicas minimamente invasivas têm mais chances de recidiva do que as técnicas convencionais. Isso se deve ao fato de que são menos agressivas, mas também menos invasivas.

Porém, essa é a grande vantagem dessas técnicas, pois o tempo de recuperação é menor. Afinal, é muito melhor passar apenas uma semana afastado de suas atividades do que meses ou até mesmo um ano.

É importante ressaltar que mesmo as técnicas convencionais têm chance de recidiva da doença, que varia de 3% a 5%. Por isso, é fundamental escolher a técnica que mais se adequa ao caso e às condições do paciente.

Existem técnicas como a ressecção em bloco, em que é necessário fazer um corte grande para a remoção completa do cisto. Esse tipo de cirurgia costuma deixar um buraco na região, que cicatrizará de dentro para fora, em um processo chamado de segunda intenção. Muitas vezes, é preciso utilizar curativos a vácuo por um longo período.

Algumas vezes, os cirurgiões tentam fechar o cisto, mas essa abordagem não é recomendada, pois aumenta as chances de recidiva. A presença dos fios de sutura estimula uma resposta inflamatória, o que favorece o retorno da doença.

Por isso, é importante escolher a técnica adequada e não deixar para tratar a doença pilonidal quando ela já estiver em um estágio mais avançado. Quanto mais tempo você esperar, mais complicada se tornará a doença e maiores serão as chances de recidiva.

Conclusão

Em resumo, se você tem a possibilidade de realizar uma técnica minimamente invasiva, não hesite. Independentemente de ser a técnica do episit, do laser ou da combinação de técnicas com o uso de selantes biológicos, tente fazer primeiro essa abordagem, para que você não perca tempo e funções. É importante lembrar que nem sempre essas técnicas são indicadas para todos os casos, mas quando são, representam uma excelente escolha para acelerar a recuperação e evitar complicações.

Espero que tenham gostado do tema de hoje. Deixem seus comentários abaixo e não se esqueçam de se inscrever no canal e dar seu apoio. Um abraço a todos!

Fonte: Cirurgia para cisto pilonidal – quais as técnicas? O que devo esperar? por Medicina em Foco